| NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA | |
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Autor | Mensagem |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qui Mar 25, 2010 2:31 pm | |
| Natália de Oliveira Correia nasceu na Fajã de Baixo, ilha de São Miguel, Açores, em 13/09/1923 e morreu em Lisboa em 16/03/1993.
Fez os estudos secundários em Lisboa. Sem estudos universitários foi, em 1979, deputada à Assembleia da República. Colaborou em diversos jornais e revistas. Não se prendendo fortemente a nenhuma corrente literária, esteve inicialmente ligada ao surrealismo e, segundo a própria, a sua mais importante filiação estabeleceu-se em relação ao romantismo. A obra de Natália Correia estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio.
Figura proeminente da cultura portuguesa da segunda metade do século XX, notabilizou-se como poetisa e como política, tendo sido eleita deputada pelo Partido Socialista.
Foi fundadora da Frente Nacional para a Defesa da Cultura, interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos da mulher. Apelou sempre à literatura como forma de intervenção na sociedade, tendo tido um papel activo na oposição ao Estado Novo.
Foi uma figura importante das tertúlias que reuniam nomes centrais da cultura e da literatura portuguesas dos anos 50 e 60. Ficou conhecida pela sua personalidade vigorosa e polémica, que se reflecte na sua escrita. | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qui Mar 25, 2010 2:35 pm | |
| Língua Mater Dolorosa
Tu que foste do Lácio a flor do pinho dos trovadores a leda a bem-talhada de oito séculos a cal o pão e o vinho de Luís Vaz a chama joalhada
tu o casulo o vaso o ventre o ninho e que sôbolos rios pendurada foste a harpa lunar do peregrino tu que depois de ti não há mais nada,
eis-te bobo da corja coribântica: a canalha apedreja-te a semântica e os teus verbos feridos vão de maca.
Já na glote és cascalho és malho és míngua, de brisa barco e bronze foste a língua; língua serás ainda... mas de vaca.
(Natália Correia) | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qua Mar 31, 2010 5:42 pm | |
| Ode à Paz
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza, Pelas aves que voam no olhar de uma criança, Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza, Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança, Pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia, Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos, Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria, Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes, Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos, Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes, Pelos aromas maduros de suaves outonos, Pela futura manhã dos grandes transparentes, Pelas entranhas maternas e fecundas da terra, Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra, Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna, Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz. Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira, Com o teu esconjuro da bomba e do algoz, Abre as portas da História, deixa passar a Vida!
Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Seg Abr 05, 2010 1:16 pm | |
| A defesa do poeta
Senhores jurados sou um poeta um multipétalo uivo um defeito e ando com uma camisa de vento ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis de armazenado espanto e por fim com a paciência dos versos espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos (curtido couro de cicatrizes) uma avaria cantante na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade o vosso enfarte serei não há cidade sem o parque do sono que vos roubei
Senhores professores que pusestes a prémio minha rara edição de raptar-me em criança que salvo do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho de em pó volverdes sois os reis sou um poeta jogo-me aos dados ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes puro exercício de ninguém minha cobardia é esperar-vos umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e Sete que medo vos pôs por ordem? que pavor fechou o leque da vossa diferença enquanto homem?
Senhores juízes que não molhais a pena na tinta da natureza não apedrejeis meu pássaro sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta de um verso onde o possa escrever ó subalimentados do sonho! a poesia é para comer.
(Natália Correia) | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Ter Abr 06, 2010 4:46 pm | |
| Queixa das almas jovens censuradas
Dão-nos um lírio e um canivete e uma alma para ir à escola mais um letreiro que promete raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário que tem a forma de uma cidade mais um relógio e um calendário onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim para dar corda à nossa ausência. Dão-nos um prêmio de ser assim sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu para tirarmos o retrato Dão-nos bilhetes para o céu levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos com as cabeleiras das avós para jamais nos parecermos conosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história da nossa historia sem enredo e não nos soa na memória outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados que adormecemos no seu ombro somos vazios despovoados de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho e um pacote de tabaco dão-nos um pente e um espelho pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça e uma cabeça presa à cintura para que o corpo não pareça a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro com embutidos de diamante para organizar já o enterro do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal um avião e um violino mas não nos dão o animal que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão com carimbo no passaporte por isso a nossa dimensão não é a vida, nem é a morte
(Natália Correia) | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qua Abr 07, 2010 11:46 am | |
| O sol nas noites e o luar nos dias
De amor nada mais resta que um Outubro e quanto mais amada mais desisto: quanto mais tu me despes mais me cubro e quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro porque se mais me ofusco mais existo. Por dentro me ilumino, sol oculto, por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes. Estou morta na quermesse dos teus beijos. Etérea, a minha espécie nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço mais de terra e de fogo é o abraço com que na carne queres reter-me jovem.
(Natália Correia) | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qui Abr 08, 2010 5:08 pm | |
| O espírito
Nada a fazer amor, eu sou do bando Impermanente das aves friorentas; E nos galhos dos anos desbotando Já as folhas me ofuscam macilentas;
E vou com as andorinhas. Até quando? À vida breve não perguntes: cruentas Rugas me humilham. Não mais em estilo brando Ave estroina serei em mãos sedentas.
Pensa-me eterna que o eterno gera Quem na amada o conjura. Além, mais alto, Em ileso beiral, aí espera:
Andorinha indemne ao sobressalto Do tempo, núncia de perene primavera. Confia. Eu sou romântica. Não falto.
(Natália Correia) | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Sex Abr 09, 2010 6:26 pm | |
| Poema destinado a haver Domingo
Bastam-me as cinco pontas de uma estrela E a cor dum navio em movimento E como ave, ficar parada a vê-la E como flor, qualquer odor no vento.
Basta-me a lua ter aqui deixado Um luminoso fio de cabelo Para levar o céu todo enrolado Na discreta ambição do meu novelo.
Só há espigas a crescer comigo Numa seara para passear a pé Esta distância achada pelo trigo Que me dá só o pão daquilo que é.
Deixem ao dia a cama de um domingo Para deitar um lírio que lhe sobre. E a tarde cor-de-rosa de um flamingo Seja o tecto da casa que me cobre
Baste o que o tempo traz na sua anilha Como uma rosa traz Abril no seio. E que o mar dê o fruto duma ilha Onde o amor por fim tenha recreio.
(Natália Correia) | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Dom Abr 11, 2010 7:18 pm | |
| O Truca-Truca
Já que o coito - diz Morgado - tem como fim cristalino, preciso e imaculado fazer menina ou menino; e cada vez que o varão sexual petisco manduca, temos na procriação prova de que houve truca-truca. Sendo pai só de um rebento, lógica é a conclusão de que o viril instrumento só usou - parca ração! - uma vez. E se a função faz o orgão - diz o ditado - consumada essa excepção, ficou capado o Morgado.
(Natália Correia, na sequência da afirmação do deputado do CDS, João Morgado, em Abril de 1982, de que «o acto sexual é para fazer filhos», repondeu-lhe com o seguinte poema, provocando o riso em todas as bancadas parlamentares. O deputado, ofendido com a dedicatória, ripostou que tinha dois filhos, ao que Natália respondeu que bastava substituir truca-truca por truca-truca truca-truca.) | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Seg Abr 12, 2010 6:43 pm | |
| Quanto Mais Amada Mais Desisto
De amor nada mais resta que um Outubro e quanto mais amada mais desisto: quanto mais tu me despes mais me cubro e quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro porque se mais me ofusco mais existo. Por dentro me ilumino, sol oculto, por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes. Estou morta na quermesse dos teus beijos. Etérea, a minha espécie nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço mais de terra e de fogo é o abraço com que na carne queres reter-me jovem.
Natália Correia, in "O Dilúvio e a Pomba" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Seg Abr 19, 2010 1:40 pm | |
| Poema Involuntário
Decididamente a palavra quer entrar no poema e dispõe com caligráfica raiva do que o poeta no poema põe.
Entretanto o poema subsiste informal em teus olhos talvez mas perdido se em precisa palavra significas o que vês.
Virtualmente teus cabelos sabem se espalhando avencas no travesseiro que se eu digo prodigiosos cabelos as insólitas flores que se abrem não têm sua cor nem seu cheiro.
Finalmente vejo-te e sei que o mar o pinheiro a nuvem valem a pena e é assim que sem poetizar se faz a si mesmo o poema.
Natália Correia, in "O Vinho e a Lira" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qua Abr 21, 2010 1:24 pm | |
| Balada para um Homem na Multidão
Este homem que entre a multidão enternece por vezes destacar é sempre o mesmo aqui ou no japão a diferença é ele ignorar.
Muitos mortos foram necessários para formar seus dentes um cabelo vai movido por pés involuntários e endoidece ser eu a percebê-lo.
Sentam-no à mesa de um café num andaime ou sob um pinheiro tanto faz desde que se esqueça que é homem à espera que cresça a árvore que dá dinheiro.
Alimentam-no do ar proibido de um sonho que não é dele não tem mais que esse frasco de vidro para fechar a estrela do norte. E só o seu corpo abolido lhe pertence na hora da morte.
Natália Correia, in "O Vinho e a Lira" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Seg Abr 26, 2010 12:32 pm | |
| Cidadania
Buquê de ruídos úteis o dia. O tom mais púrpura do avião sobressai locomovida rosa pública.
Entre os edifícios a acácia de antigamente ainda ousa trazer ao cimo a folhagem sua dor de apertada coisa.
Um solo de saxofone excresce mensagem que a morte adia aflito pássaro que enrouquece a garganta da telefonia.
Em cada bolso do cimento uma lenta aranha de gás manipula o dividendo de um suicídio lilás.
Natália Correia, in "O Vinho e a Lira" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qui Abr 29, 2010 1:02 pm | |
| A Arte de Ser Amada
Eu sou líquida mas recolhida no íntimo estanho de uma jarra e em tua boca um clavicórdio quer recordar-me que sou ária
aérea vária porém sentada perfil que os flamingos voaram. Pelos canteiros eu conto os gerânios de uns tantos anos que nos separam.
Teu amor de planta submarina procura um húmido lugar. Sabiamente preencho a piscina que te dê o hábito de afogar.
Do que não viste a minha idade te inquieta como a ciência do mundo ser muito velho três vezes por mim rodeado sem saber da tua existência.
Pensas-me a ilha e me sitias de violinos por todos os lados e em tua pele o que eu respiro é um ar de frutos sossegados.
Natália Correia, in "O Vinho e a Lira" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qua maio 05, 2010 12:15 pm | |
| Bilhete para o Amigo Ausente
Lembrar teus carinhos induz a ter existido um pomar intangíveis laranjas de luz laranjas que apetece roubar.
Teu luar de ontem na cintura é ainda o vestido que trago seda imaterial seda pura de criança afogada no lago.
Os motores que entre nós aceleram os vazios comboios do sonho das mulheres que estão à espera são o único luto que ponho.
Natália Correia, in "O Vinho e a Lira" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qua maio 19, 2010 12:21 pm | |
| Do Sentimento Trágico da Vida
Não há revolta no homem que se revolta calçado. O que nele se revolta é apenas um bocado que dentro fica agarrado à tábua da teoria.
Aquilo que nele mente e parte em filosofia é porventura a semente do fruto que nele nasce e a sede não lhe alivia.
Revolta é ter-se nascido sem descobrir o sentido do que nos há-de matar.
Rebeldia é o que põe na nossa mão um punhal para vibrar naquela morte que nos mata devagar.
E só depois de informado só depois de esclarecido rebelde nu e deitado ironia de saber o que só então se sabe e não se pode contar.
Natália Correia, in "Poemas (1955)" | |
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BuFFis
Mensagens : 587 Data de inscrição : 02/06/2009 Idade : 114 Localização : Aqui
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qua maio 19, 2010 12:41 pm | |
| assim não vale ...
você pode abrir um tópico com um poeta... e eu não.
Tive que atirar a poeta Meireles para cima do Luís de Camões.
Axa kêle aguenta ?
olhó esperto .... | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Qui maio 20, 2010 3:56 pm | |
| O Poema
O poema não é o canto que do grilo para a rosa cresce. O poema é o grilo é a rosa e é aquilo que cresce.
É o pensamento que exclui uma determinação na fonte donde ele flui e naquilo que descreve. O poema é o que no homem para lá do homem se atreve.
Os acontecimentos são pedras e a poesia transcendê-las na já longínqua noção de descrevê-las.
E essa própria noção é só uma saudade que se desvanece na poesia. Pura intenção de cantar o que não conhece.
Natália Correia, in "Poemas (1955)" | |
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Anarca
Mensagens : 13406 Data de inscrição : 02/06/2009
| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA Sex Ago 20, 2010 12:46 pm | |
| Citações de Natália Correia:
«Desconfiemos dos poetas de gabinete.»
«Gosto de pessoas lavadas por dentro. Detesto pequenas perversidades. A bondade é uma irradiação da beleza. Gosto de pessoas belas.»
«Se por vezes a minha poesia retrocede para cuspir algumas pérolas na face dos tiranos não é que me comovam os ademanes de chuva dos oprimidos. As minhas causas são humanas, tão humanas quanto a recordação do homem não ser uma pausa de sangue na noite escamosa de um crocodilo que chega até onde a palavra liberdade o estende num tempo sem medida.»
«Eu pareço entusiástica, exuberante, mas é só por fora. É a minha forma de me libertar das tensões que as pessoas mordem dentro de si.Interiormente tenho a imobilidade de um ídolo oriental. Mas não sou fria. Sou até um ser profundamente afectivo. Coloco o amor na sua totalidade - o Amor que compreende Eros, Ágape (ou amor sublime), Líbido e Fília (amizade).»
«A partir de hoje, se alguém me quiser encontrar, procure-me entre o riso e a paixão.» | |
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| Assunto: Re: NATÁLIA CORREIA - A POETA SOCIALISTA | |
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