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 CONDILLAC - Vida, época, pensamento e obra

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MensagemAssunto: CONDILLAC - Vida, época, pensamento e obra    CONDILLAC - Vida, época, pensamento e obra  EmptyTer Ago 31, 2010 12:19 pm

Étienne Bonnot de Condillac (Grenoble, 30 de Setembro de 1715 – Flux, 3 de Agosto de 1780) foi o filósofo mais notável do iluminismo francês.

Recebeu as ordens e tornou-se abade de Mureaux, mas sem exercer as funções eclesiásticas, preferindo a vida literária. Em 1757 foi preceptor do Infante Fernando de Parma (neto de Luís XV) e compôs para ele Curso de estudos, em treze volumes.

Elegeu-se, em 1768, para a Academia Francesa e também foi membro da Academia de Berlim. Foi encarregado em 1777 pelo governo polonês de redigir uma Lógica clássica para a escolas daquele país. Amigo de Diderot, Rousseau e Duclos, Condillac foi inicialmente discípulo de Bacon e de Locke, elaborando depois sua própria doutrina, o sensualismo. No seu Traité des Sensations, de 1754, defende o princípio de que todas as idéias provêm dos sentidos.

Ele desenvolveu o empirismo de Locke num sentido francamente sensorial, derivando da mera sensação - sem reflexão - toda a experiência. Condillac exerceu uma influência particular sobre a cultura italiana, orientando-a para o sensorial, devido ao fato de ter ele sido, durante um decênio (1758-1767), preceptor, na corte de Parma, de Fernando de Bourbon, herdeiro daquele trono.
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MensagemAssunto: Re: CONDILLAC - Vida, época, pensamento e obra    CONDILLAC - Vida, época, pensamento e obra  EmptyQua Set 01, 2010 12:55 pm

A obra filosófica mais importante de Condillac é o Traité des sensations, em que desenvolve a sua concepção sensorial.

Condillac imagina o homem como uma estátua, privada de toda sensação (tábua rasa) e que, em dado momento, começa a ter uma sensação de olfato. A sensação odorosa (de uma rosa) torna-se memória, quando, afastada a primeira sensação e sobrevindo outra, a primeira permanece com uma intensidade atenuada.

Uma lembrança vivaz torna-se imaginação. Tem-se, deste modo, uma série de três graus de atenção, de atividade do espírito, constituindo a sensação o primeiro grau, a memória o segundo, a imaginação o terceiro.

Comparando a sensação atual com a sensação lembrada, nasce a distinção entre presente e passado; a distinção entre atividade (na memória) e passividade (na sensação); a consciência, o eu, que é uma coleção de sensações atuais e lembradas; o juízo, que é comparação entre sensações presentes e passadas; a reflexão, isto é, a direção voluntária de atenção sobre uma determinada sensação - idéia ou relação, juízo - em uma série de idéias e juízos; a abstração, isto é, a separação de uma idéia de outra; e a generalização, isto é, a capacidade de noções gerais.

Paralelamente ao desenvolvimento teórico do espírito procede o desenvolvimento prático. Da sensação (agradável ou dolorosa) nasce o sentimento (de prazer ou de dor). A lembrança de sensações agradáveis e a comparação com as presentes, tornam-se desejo; o desejo preponderante torna-se paixão; o desejo estável torna-se vontade.

O espírito adquire, assim, mediante um só sentido, o olfato, que é o mais pobre dos sentidos, o exercício de todas as suas faculdades. O espírito, contudo, mediante o tato, adquire consciência do mundo físico, do próprio corpo e dos demais corpos, pela resistência que o nosso esforço encontra no mundo externo. Isto não prova, entretanto, a existência, a realidade, do mundo externo, porquanto se trata sempre de sensações; o mundo externo é afirmado dogmaticamente, de sorte que, filosoficamente, estamos perante um ceticismo metafísico.
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