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 á-Káta-De-Um-EmpReGo

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BuFFis

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MensagemAssunto: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 12:51 pm

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Não podia deixar de celebrar...


Estou entre os 40 que vão poder frequentar o curso da Faculdade de Economia da Universidade Nova, levado a cabo pela Nova Forum

Este curso vem de forma original e oportuna "dar a mão" a 40 executivos, ou pelo menos a 40 quadros, que, dadas as circunstâncias e as condicionantes do mercado, se encontram desempregados.

A ideia pareceu-me brilhante, a estrutura soberba. Não pude deixar de me candidatar. No próprio dia em que li no jornal Expresso uma reportagem sobre a iniciativa, iniciei uma verdadeira batalha de persistência até conseguir submeter a minha candidatura. Persistência porque, após a leitura da entrevista, nem no site da Nova Forum, nem da Universidade Nova, nem das empresas patrocinadoras, encontrei informação nem formulários de candidatura... Mas insisti e, nas primeiras horas de 2ª feira, tinha a minha candidatura submetida!

Uma semana depois, foi-me comunicado que tinha sido escolhido para fazer parte do curso... Alviseras! Mais tarde recebi o programa, horário e lista de docentes e compreendi que as minhas expectativas não foram defraudadas... O programa parece-me brilhante.

Dia 18, quinta-feira - Decorreu a cerimónia de apresentação e lá fui eu. Expectante e nervoso porque o calor era abrasador logo pela manhã... Na noite anterior planeei com cautela a melhor forma de me deslocar até lá. De carro pareceu-me mais cómodo, mas corria o risco de apanhar muito trânsito na Ponte e não conseguir chegar a horas, o que me pareceu logo um mau indicador. Por isso planeei a melhor opção para ir de transportes públicos. De barco e de seguida de metro, ou de comboio e depois metro? Pareceu-me que o barco seria mais conveniente e assim fiz.

Mas, como alguém uma vez mencionou, se alguma coisa errada tem de acontecer, vai mesmo acontecer, e fui apanhado de surpresa quando descubri, da pior forma, que a estação de metro mais próxima, São Sebastião, está fechada para obras. Por sorte tinha algum tempo de sobra, o que me permitiu sair na Praça de Espanha e fazer o percurso até à Rua Marquês da Fronteira, sob um sol abrasador, em tempo útil para chegar a tempo à sessão. (A tempo, mas encharcado em suor!)

A sessão superou as minhas expectativas. O local, os outros seleccionados, a equipa de docentes... e a extraordinaria apresentação do projecto pelo seu mentor, prof. Dr. Nadim Habib.

Depois da fotografia de grupo e de um descansado mas encalorado almoço, servido no faustoso edifício/palacete da Nova Forum, ainda antes de terminar, eis que, tal como os professores nos tinham avisado na apresentação, eram já distribuídos os primeiros casos/textos para leitura em casa antes da primeira aula, na próxima 2ª feira. Esta formação, avisaram-nos, vai exigir muito empenho e trabalho...


Data: 19 de Jun de 2009


Rui Costa
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:00 pm

Cumprir objectivos


9h - no metro a caminho do Nova Forum

Acordo com facilidade às 7h25. A manhã está mais fresca que o habitual e o facto de ter um objectivo em cada dia faz com que a corrida diária de 10km seja dispensável.

Durante estes dias de desemprego tenho mantido uma rotina para colocar um objectivo para cada dia, (acordar cedo, levar criancas ao colegio, corrida matinal pelo parque, duche, pequeno almoco, leitura das noticias on-line, etc,etc... ). A ausência do stress profissional foi, talvez, o maior choque com que tive de lidar nestes meses de desemprego. Mas agora sinto novamente "o sangue na guelra"...

Com facilidade apanho os transportes públicos que me conduzem até às instalações da Nova Forum, onde decorre o curso Jumpstart... A vontade de lá chegar é tanta e a forte motivação faz com que as atribulações nos transportes públicos sejam males que passam desapercebidos.

O stress adicional hoje prende-se com a necessidasde de conjugar compromissos pessoais com o compromisso de frequentar as aulas do curso... Antes, com os dias inteiramente vagos, dispunha do tempo a meu bel-prazer. Agora, no Jumpstart, com a responsabilidade de ter de atingir os 85% de frequência do curso e com o factor adicional de termos de assinar as folhas de presença durante a primeira meia-hora do inicio das aulas nos períodos da manhã e da tarde, gerir o tempo diário para outras tarefas pessoais torna-se mais difícil.

Haverá quem pergunte: "..Mas e quando trabalhavas?". Bem, o estatuto de quem trabalhava na Companhia há mais de 10 anos e o cargo de chefia, permitia-me gerir os horários de acordo com alguma necessidade pessoal... Agora, temos um cenário diferente.

Hoje vou ter de encontrar uma solução para ir ao consultório médico levantar uma requisição para um exame e fazer o dito exame ao final do dia... Veremos como irei gerir esse facto sem falhar a assinaturas de presencas e as aulas. O objectivo é aprender nas aulas e atingir 85% de presenças...

21h - Objectivo cumprido!

Consegui assinar as folhas de presença, assistir às aulas, levantar a requisição medica e ir fazer o exame. Que bom é voltar ao stresse! Não me perguntem como consegui, é que 17 anos de experiencia profissional tem estas vantagem e experiência para improvisar e resolver estes "pequenos" problemas.

Vamos às aulas de hoje. Continuo siderado. Hoje tivemos 6 horas de "Comunicação" e 2 horas na primeira sessão de Work Group onde iremos construir um business plan até ao final do curso. Uma vez mais, a qualidade dos docentes continua a surpreender-me.

Melhores/Piores momentos:

1 - Momentos altos porporcionados pela brilhante interpretação do professor no papel de um "louco".

2 - Por volta das 15h tive uma tremenda guerra contra a "cobra" que se enrolava e quase me fazia entrar em mode "sleep" - pese obstante a capacidade do professor em prender a atenção.

Nota Relevante: Os recentes acontimentos económicos e políticos, continuam a enriquecer as aulas e a dar "matéria" acrescida para algumas dissertações, saidas humoristicas e paralelismos.

Dificuldades: Tal o entusiasmo na aula de "comunicação" que não cheguei a tomar notas... Mas tenho a certeza que os temas ficaram bem colados no cerebelo...

Data: Segundo dia no JumpStart

Rui Costa
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Última edição por BUFFA em Ter Jul 07, 2009 1:12 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:05 pm

Mas onde diabo está a crise?


7h30 - Acordo com as notícias na rádio que anunciam que o Ikea e a Stamples planeiam uma reestruturação e consequente onda de despedimentos mas parece que não afectará ninguém em Portugal. Também ouço que os portugueses consomem mais nos hipermercados, sobretudo das chamadas "marcas brancas". Conclui o jornalista que "parece que os portugueses deixaram de ir aos restaurantes e compram mais para consumir em casa."

Estas notícias levantaram-me as seguintes questões

1- Se os despedimentos do Ikea e da Stamples não afectarão ninguém em Portugal, então porque estamos preocupados com o aumento de desempregados em Portugal?

2- Os portugueses compram mais nos hipermercados, sobretudo as marcas brancas, que são já 33% das vendas. Segundo uma marketeer do ramo do consumo que conheço, as marcas brancas tem vindo a aumentar o preço de forma significativa nos últimos tempos, chegando mesmo a atingir preços mais elevados que os equivalentes produtos de marca. Consequentemente a conta fica enganadoramente mais cara. A ser verdade, quem ganha e quem perde?

3- Chego à Nova Fórum depois de mais uma odisseia nos transportes e comprovo que nós, os desempregados do curso, - vou ser linchado... - maioritariamente vamos de transporte próprio. Desempregados que se deslocam diariamente de viatura própria num contexto de crise?

Hum...!?! Acho que, ou a crise é uma falácia, ou nós os portugueses sempre soubemos levar estas coisas da crise de uma forma bem calma e com naturalidade. Acredito mais na segunda opção,... Lá está a nossa habilidade para o nacional-desenrascanso!

11h00 - Em conversa com os colegas, troco algumas destas noções e a ideia é mais ou menos geral: "Mas nós portugueses sempre soubemos gerir bem a nossa crise quase permanente." Talvez essa seja, então, uma vantagem competitiva fase aos outros países que só agora tiveram de lidar com a actual crise. Mais, esta deve ser também a razão porque reina um optimismo entre este grupo de desempregados. Qual Fado, qual quê? A malta quer é aprender, solidificar conhecimentos para agarrar depressa a próxima oportunidade, seja em formato de emprego ou de Start Up. E se der para ter gozo nisso, melhor! Ainda não ouvi ninguém queixar-se do triste destino, nem da chatice que é ter perdido o emprego. Bem, para contrariar, já ouvi umas anedotas bem divertidas e é comum ouvir umas gargalhadas soltas de vez em quando.

A aula da manhã de hoje veio a propósito: "Financiamento e Lançamento de novos projectos". Vai um distanciamento muito grande entre os passos do modelo para lançar novos projectos (empresas ou produtos) nos grandes países capitalistas e o que se passa por cá. Nós somos mais ao estilo do desenrascanso! Mas, ao menos, quem passar pelo Jumpstart, leva informação suficiente para avançar com "pés e cabeça" e um sorriso de optimismo, não fosse a aula uma divertida e alegre experiência.

Melhores/Piores momentos:

1 - Os alunos estão cada vez mais "soltos", até já há quem contraponha veementemente de forma positiva as opiniões dos docentes. "Professor, olhe que não! Olhe que na indústria livreira o stock é apenas 30% do volume de negócio", diz alguém! Temos ali muita matéria prima, e estamos a revelar-nos!

2 - O Professor, devido à sua forma apaixonada de leccionar, fala rapidamente, explicando ou dissertando sobre os temas. Ainda antes de tomar um café cheguei a falhar algumas frases, mas a mensagem ficou toda.Nota Relevante: Mais um professor novo e mais uma surpreendente surpresa. É opinião geral! Cada novo docente é mais surpreendente que o anterior... Onde irá isto dar?

Dificuldades: O Professor da disciplina de Contabilidade Financeira, à tarde, decidiu colocar à prova a nossa capacidade e resistência. Desde as 14h até às 17h, não houve espaço para 15m de intervalo. Foi duro e a matéria impunha essa necessidade. Mas ninguém disse que o curso era para ser fácil, pois não?


Data: Terceiro dia do JumpStart

Rui Costa
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Última edição por BUFFA em Ter Jul 07, 2009 1:12 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:08 pm

Parece que passou aqui um quebra-gelo!



O dia começou da melhor maneira, apesar da chuva miudinha matinal que incomoda quem se desloca de transportes públicos, mas permite a quem vai de carro para o trabalho afirmar com o peito cheio e inchado de sabedoria: "Chuva civil que não molha militar!". Sim, eu também o dizia quando ia no conforto do carro de Companhia... antes de ser desempregado. Agora acho que vejo as coisas por várias perspectivas.

E o dia começou da melhor maneira porque, mal estava a sair de casa, recebi uma chamada telefónica de um ex-colega profissional: "Então Rui, tenho acompanhado o teu blogue. Muito bem. Folgo saber que estás activo e entusiasmado." Na verdade, até me surpreende. Bem sei que ele e eu tínhamos boa empatia, mas mal eu fui despedido ele também saiu da empresa, mas por outros motivos (lá está a descapitalização de recursos) e tem andando muito atarefado com novos projectos, formação e viagens de trabalho no seu novo emprego, como é que ele tem ainda tempo para se preocupar com um ex-colega que deixou de ver assiduamente? Estes são os gestos que nos fazem descobrir onde estão bons amigos. Aliás, recentemente tenho recebido alguns telefonemas e emails de colegas que me vão dando palavras de entusiasmo, mas sem miserabilismo, e discutem comigo possibilidades de colocação do meu CV, aqui e acolá.

A propósito de amigos, as inibições iniciais naturais entre os alunos do JumpStart começam a esbater-se. Obviamente que, com o tempo, isso acontece de forma natural, mas, neste caso, acho que é muito porque o ambiente proporcionado e criado com este grupo é extraordinário. Começamos a aproximar-nos uns dos outros sem receios, identificamos pontos em comum, referências profissionais, passamos já até ao confronto de ideias e trocas de experiências. Tudo isto num tempo recorde: em apenas quatro dias.

Depois de perceber os básicos - de onde és? qual a tua última empresa? - rapidamente passámos à fase em que emails são trocados, procuramos amigos comuns, preocupamo-nos uns com os outros - Então, foste a entrevistas? Correram bem? - pedimos boleias uns aos outros, etc.

Querem que vos diga? Estou a ver que daqui a 4 semanas vão sair daqui seguramente uns pares de amigos e quem sabe futuros sócios de Star-Up's, ou pelo menos um grupo com fortes ligações profissionais. Parece que mais do que as matérias, este projecto/curso, ao juntar estes profissionais em condições particulares, está de forma não intencional a fomentar conceitos de equipa, mais fortes do que esperava!

O dia de hoje foi totalmente dedicado ao tema de "Selling Skills", mas aviso já, esqueçam tudo o que julgavam saber sobre este tema. A nossa mente levava fortes "pré-conceitos" sobre este assunto e saiu de lá ao final do dia com um "filtro" completamente novo... E amanhã continua. (Nota do autor: "pré-conceitos" e "filtro" são claras alusões a conceitos explicados na aula, desculpem se só os que tiveram nas aulas percebem esta frase)

Melhores/Piores momentos:

1 - A Alegoria da Maratona - especialmente para mim que sou um praticante de atletismo de fundo!

2 - Tal a dedicação de docente e alunos, que assumimos a táctica de nos levantarmos e dar movimento aos músculos sem sair da aula só para vencer cansaço físico provocado por uma aula de 8 horas consecutivas.

Nota Relevante: O nosso país é efectivamente uma sociedade de conflitos ao invés de uma sociedade de confronto.

Dificuldades: Assumir que tudo o que ali foi dito é verdade e reconhecer em nós próprios muitas daquelas características.


Data: Dia quatro do Jumpstart

Rui Costa
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Última edição por BUFFA em Ter Jul 07, 2009 1:12 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:10 pm

Um mar de tormentas ?...



Sabem a única coisa que me tem custado neste curso do JumpStart? A viagem de barco entre o Barreiro e o Terreiro do Paço. Bonita alegoria, não é? Como se se tratasse de uma viagem do cidadão comum até aos poderes de decisão no Terreiro do Paço.

Ainda não vos tinha contado mas andar de barco é das piores coisas com que posso ser confrontado. E não, não é por causa do medo do mar. Tambem não é por causa do barco em causa ser um transporte público. É que eu enjoo como o diabo! Seja num transatlântico a atravessar um oceano, seja num calmo veleiro no estuário do Tejo, seja um barco de brincar numa poça qualquer...é só ver uma coisa que flutua em ambiente líquido e fico logo com as entranhas às voltas, os olhos na barriga, as orelhas no topo da cabeça e o cabelo no céu da boca...

Assim sendo, as viagem ao início do dia e ao final do dia, no barco que atravessa o Tejo, para mim nada têm de poético...nem com sol esplendoroso nem com chuva. Vale de recompensa assim que ponho os pés em terra firme e chego ao curso. Parece que ali me sinto de novo seguro. Mal chego fico logo a sentir uma atmosfera reconfortante e agradável.

Pensava eu que sofria com a travessia do rio e que era penoso, quando tomo conhecimento que há colegas que vêm todos os dias de Abrantes ou das Caldas para o JumpStart, e que chegam com um sorriso nos lábios. Devem vir por gosto!

Melhores/Piores momentos:

1-Um dos colegas sai a meio da tarde. Ele veio de fato e gravata e sabíamos que ele tinha de sair para ir a uma entrevista de emprego. Quase imediatamente todos se calam e ao mesmo tempo batem palmas para alimentar a sua auto-estima e gritam em uníssono: "Boa Sorte!"

2-Não houve um único aluno que não se sentisse compelido a dar uma palavra de satisfação e apreço pelos dois dias entusiasmantes em que vivemos uma experiência única nestas duas sessões de "Selling Skills". No final da sessão, quando me desloco até ao Professor para o cumprimentar e expressar o meu apreço pelas sessões, reparo que se forma uma fila para fazer o mesmo...o sentimento foi geral!

Nota Relevante:

Referência na aula a Mark Twain: "Para quem só tem um martelo como ferramenta, todos os problemas parecem pregos."

Dificuldades:

- uma observação que apresenta duas técnicas aprendidas hoje - desculpem mais uma vez aqueles que não estiveram nas aulas, esses não perceberão completamente o sentido desta observação: Assegurar o silêncio! "O silêncio é de ouro" - confesso que tenho dificuldades em usar o silêncio em meu favor.

Data: Dia cinco do Jumpstart

Rui Costa
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:14 pm

Quem disse "I don´t like mondays" ?



Durante o fim-de-semana, depois de uma troca de emails bem humorados entre os alunos do JumpStart, recebo finalmente um email de uma colega de grupo para o trabalho de business plan. A Carla iniciava mais ou menos assim o email: "Só agora envio os documentos que combinamos. Desculpem, mas desde há sete meses este é um fim de semana que realmente sabe a tal, e assim não perdi a oportunidade de o gozar...". Eu acrescentaria: e soube bem como nunca.

Nunca fui daqueles a quem fazia muita confusão trabalhar um fim-de-semana, ou dar umas horas do sábado para acabar um relatório, ou ir ao escritório para assegurar alguma alteração ao layout. Os fim-de-semana eram e serão sempre obviamente uma oportunidade para estar em familia e com os amigos, retemperando forças para mais uma semana de trabalho, mas quando é preciso também sei tirar prazer do facto de ter de trabalhar ao fim-de-semana.

O.K., confesso que depois de uma semana de trabalho o fim de semana é "sagrado", mas durante estes 6 meses de desemprego os fim-de-semana não tinham sabor... Ora faltava o cansaço fisico - experimentei correr todos os dias para chegar ao fim-de-semana cansado e não resultou -, ora faltava cansaço mental - experimentei ler todos os dias e também não resultou -, ora faltava sentir a ansiedade do fim-de-semana - experimentei planear coisas espectaculares para o fim-de-semana e também não resultou.

No fim-de-semana sentia sempre um vazio, o vazio de me sentir menos útil, o vazio de ser apenas mais um dia a seguir ao outro... Valia ao menos o facto de ter uma família grande que minimizava esse vazio. Agora finalmente voltei a sentir o fim-de-semana igual aos verdadeiros fins-de-semana.

13h - Almoço no Palacete do Nova Forum

À mesa discutimos os projectos que vamos apresentar para o nosso trabalho de grupo. Eu pergunto aos companheiros de mesa se estão genuinamente a pensar criar um projecto que aproveitem para avançar numa abordagem de empreendorismo. A ideia é vaga, o que me leva a perguntar se têm a mesma percepção que eu: a de que a maioria dos colegas assume que poderá a vir constituir uma empresa como resultado deste curso, mas genuinamente acho que todos têm essa ideia ainda muito remota lá na prateleira mais alta do cérebro.

Acabo por deixar no ar a questão: vamos montar uma empresa porque temos uma ideia brilhante em que acreditamos e temos muita força para a levar em frente ou porque estamos "à rasca", sem objectivos na vida, e esta é uma forma de dar razão aos dias? Ou porque simplesmente temos de arranjar maneira de gerar entrada de dinheiro nos orçamentos familiares para equilibrar as contas?

Depois de almoço, continuámos até às 16:30 com a aula de Contabilidade Financeira. Depois foi a altura de apresentarmos os nossos projectos de criação de empresa.

Caros leitores, se tinha dúvidas à hora de almoço quanto à crença em cada um dos meus colegas criar a sua empresa, agora desfi-las. Todos os oito grupos, 40 alunos, nas suas apresentações, em cada um dos minutos, colocaram ali toda a energia e entusiasmo na defesa da "sua" ideia, do "seu" projecto, do seu futuro. E não era por serem profissionais experimentados, não era por não terem nada de melhor para fazer...Era porque acreditavam no que estavam a apresentar, em cada palavra...

Melhores/Piores momentos:

1-Grande dissertação a jeito de palestra, em boa parte da aula, sobre o fenómeno da crise e a polémica dos mercados financeiros. Todos saímos a perceber bem melhor esta realidade.

2-A chegada ao Nova Fórum, às 9:30, feita debaixo de uma forte chuva...

Nota Relevante:

Parece que a entrevista do colega na sexta-feira correu bem. Todos torcemos para que ele tenha sucesso!

Dificuldades:

O tempo começa a ser escasso para tantas horas seguidas de tanta e boa matéria e ainda a necessidade de trabalhar "fora de horas" no nosso projecto.

Data: Dia seis do jumpstart


Rui Costa
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:16 pm

A vergonha de ser desempregado...



Além deste blogue, a propósito do JumpStart, achei adequado criar um grupo de discussão na rede social profissional linkedin.com. Nesta rede social cada um dos registados pode deixar uma descrição do seu perfil profissional, pesquisar outros contactos profissional, estabelecer ligações com esses contactos e adicionalmente criar ou subscrever grupos de discussão, nos quais poderão trocar comentários e ou notícias sobre determinados assuntos. Assim sendo, criei o grupo JumpStart Alumni Network para os colegas se ligarem a este grupo e iniciarmos um forum de reflexão e networking. Ao mesmo tempo fui estabelecendo ligações aos colegas e apreciando os seus perfis profissionais.
Cedo reparei que eu serei o único que na sua profissão actual a desempenhar actualizei para "quadro desempregado com experiência em várias multinacionais à procura de oportunidade"...

Conheci em tempos alguém que me dizia: "Se tu fores o único a caminhar na direcção oposta para onde vão todos...desconfia de ti!" Bem, eu não desconfio, mas pelo menos vou reflectir sobre este facto. Será a vergonha de estar desempregado? Será preguiça de actualizar o perfil no linkedin? Será uma forma de interpretação do perfil? Acho que a sociedade, e em particular esta minha geração, ainda não está preparada para assumir o desemprego. Doi! É um estado de vergonha social, é preferível afirmar que estamos a preparar um negócio próprio do que assumir que estamos desempregados. Aliás, acho que quanto maior é o cargo que alguns de nós já assumiram antes do desemprego maior é depois essa vergonha. É a vergonha do insucesso. É a vergonha da inutilidade...

E quem está preparado para assumir o desemprego e o insucesso? Li recentemente num jornal on-line que um português a viver em Nova Iorque e que antes da crise global seria quadro de uma das maiores empresas de investimentos bolsistas nos EUA, confrontado com o despedimento, terá recorrido à última das alternativas: trabalhar como empregado no restaurante para clientes endinheirados que antes frequentara como cliente.

O que leva este português que ganhara nos últimos anos ordenados significativos como quadro superior de Wall Street a aceitar um emprego "menor" e a arregaçar as mangas para procurar trabalho nem que fosse naquele restaurante? A vergonha de estar desempregado não foi de certeza. As contas para pagar? Talvez, mas desconfio que terá sido a tenacidade e coragem de começar de novo se for necessário...

Melhores/Piores momentos:

1- A aula de Marketing de hoje foi rica em casos de estudo e anúncios premiados. A emoção esteve ao rubro.

2- O ar condicionado da sala de aulas depois de almoço deve ter avariado, pois o calor ficou insuportável.

Nota Relevante:

A hora de almoço já é mais barulhenta que o normal... alguém comentou: "Nem parece um almoço de desempregados, que alegria!"

Dificuldades:

Recebemos mais uns casos de estudo para ler em casa. Os TPC's começam a sobrecarregar-nos.


Data: Dia sete do JumpStart

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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:17 pm

De que serve uma rede de amigos ou de networking ?



Hoje de manhã acordei particularmente entusiasmado. Vamos ter duas aulas em matérias sobre as quais tenho algumas expectativa: comunicação e networking. A primeira porque gosto pelo tema, a outra porque sempre acreditei no valor de um bom networking.

Se na primeira quero potenciar os meus skills naturais, ou pelo menos aqueles de que gosto, já na segunda quero claramente aprender como potenciar toda a minha vasta rede de networking que fui acumulando ao longo dos meus 17 anos de carreira profissional.

Durante o almoço discutimos à mesa qual dos canais em que acreditamos seriamente que vamos ter mais oportunidades de encontrar oportunidades de emprego. Se por um lado existem empresas no mercado que são especialistas em colocação de profissionais - os vulgos "headhunters" -, a ideia geral é que o nosso networking é o que melhores oportunidades poderá possibilitar, quer seja na procura de emprego, quer seja no lançamento do nosso próprio negócio como geradores de "leads".

Este tema foi discutido na aula da tarde, tal como até que ponto o networking é interpretado como cunha. Eu diria mais: em Portugal, a par do networking também o lobby é mal interpretado, sendo maioritariamente visto como a vulgar e muito portuguesa "cunha".

Suponhamos que, por exemplo, um dos meus amigos e leitor deste blogue simpatiza com as minhas ideias e acredita nas minhas capacidades. Um destes dias, em conversa com alguém de sua confiança, fica a saber que estão a recrutar, para a empresa desse amigo, um gestor para a área de operações com um perfil semelhante ao meu. Automaticamente, sugere que o meu CV está disponível e que provavelmente o meu perfil será do interesse dele. Como consequência, no dia seguinte sou chamado para uma entrevista e mais tarde recrutado. Alguém chamaria a isto "cunha"? Eu não, e até ficava muito agradecido ao meu amigo leitor, de tal forma que era capaz de lhe pagar um almoço como prova do meu agradecimento!

Vejamos agora noutra óptica: O sr.X era empregado da empresa onde eu hipoteticamente fui recrutado e assumi um cargo de chefia. Para o sr.X, que esperava uma promoção, eu sou suspeito, e quando souber que fui recomendado pelo amigo do administrador vai logo dizer: "g'anda cunha!"... Fazendo um paralelo com o lobby, acaba por ser o mesmo.

Para estes srs. X's por esse Portugal fora, pouco interessa se o indivíduo recomendado tem capacidades ou não. A meritocracia e o lobby ainda não estão reconhecidos em Portugal como uma via razoável..."Por culpa dos exemplos dados por outros em posições de forte exposição" diria alguém meu conhecido...

Melhores/ Piores momentos:

1- "O mundo é mesmo pequeno"

2- A adrenalina começou a subir-me quando no trabalho de grupo "desatei" a confrontar ideias e a puxar pelos conhecimentos profissionais para enquadrar o nosso projecto de grupo.

Nota Relevante:

Fiquei a saber pelo método do Professor de Networking que sou um "espalha brasas"... que é como quem diz, tenho contactos em vários "clusters", ao invés de ter sólidas relações num só. Como ele disse, é uma estratégia como outra qualquer!

Dificuldades:

No trabalho de Grupo, a multidisciplinaridade e background diferente dos intervenientes colocou inicialmente algumas dificuldades, mas parece que estão ultrapassadas, com resultados positivos.


Data: Oitavo dia do JumpStart

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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:19 pm

Famos fazer um Projecto ?!?



Hoje, o dia foi preenchido com a disciplina de gestão de projectos. Pelo que foi possível apurar, parece que há muita gente na turma com experiência nesta área, e quase todos, de uma forma ou de outra, estivemos expostos a projectos. Interessa reflectir neste facto, pois nem tudo o que chamam de projecto nas nossas empresas assim o é.

É comum em muitas empresas atribuir o nome de projecto para dar um ar profissional à coisa. Alguém que numa reunião de equipa e que acordou com vontade de se evidenciar, puxa do vernáculo e perante a necessidade de se mudar o autoclismo da casa de banho do piso um, lembra-se de propor: "Pois bem, vamos definir aqui um projecto. Substituição da loiça branca do wc!" Propõem uma equipa de 2 pessoas, um gestor de projecto e um stackholder, e intitula-se ele próprio de sponsor do projecto e, pronto, desde essa hora ele sente-se o colaborador mais importante da organização. As semanas seguintes são passadas na maior azafama. Dezenas de reuniões de produtividade duvidosa, dezenas de páginas de papel gasto em relatórios e actas de reunião e, ao fim de 6 semanas, a casa de banho está na mesma: sem papel, inundada de água que corre do cano avariado, a sanita está estragada, faltam toalhetes e o sabonete liquido esgotou há muito! E o Projecto?

Melhores/piores momentos (do dia)
1- Alguém, para ilustrar uma situação na aula de gestão de projectos, exemplifica: "Uma mulher tem um filho em 9 meses, mas 9 mulheres não têm um filho em um mês."

2- Outra frase de ilustração de exemplos e forte figura de estilo por um aluno: "Cuspir no bife"

Nota Relevante:A Nova Fórum tem uma excelente biblioteca que pode ser usada pelos seus alunos. Hoje foi colocada à nossa disposição para que durante o curso (e mesmo no futuro) possamos recorrer a este importante espólio, sempre que queiramos.

Dificuldades: Síndrome do estudante: se lhe derem 3 dias ele vai fazer o trabalho no último dia - acho que no trabalho de grupo sofremos desta patologia.


Data: Nono dia do jumpstart

Rui Costa
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:20 pm

A importância e as expectativas neste curso



8:30 - Entro no barco que me conduz ao Terreiro do Paço - por muito que repita esta frase, não deixo de achar piada à alegoria - e o tema comum nas conversas que escuto é o episódio do final do dia anterior no parlamento, quando Manuel Pinho puxando de todo o seu saber em comunicação gestual, responde de forma eficaz a um deputado usando apenas a expressão corporal. No seu melhor e aplicando as melhores técnicas de comunicação, usou a LNV com tal das eficácias que resultou na sua saída antecipada do governo. Inadmissível? Um percalço? Exagero no parlamento?... Nada disso, a maior parte dos comentários eram divertidos e com uma tal displicência, que concluí que ninguém queria muito saber do episódio... Achavam piada e pronto!

Nota: na noite anterior passei os olhos pelos habituais blogues e o comentário mais divertido foi de alguém que achava estranho tanto burburinho, quando o deputado visado nem sequer veio a público desmentir a acusação do ministro.

14h - Hoje à hora de almoço o tema foi as expectativas e importância do JumpStart. Se por um lado fomos unânimes em fazer um julgamento favorável quanto à importância, já quanto às expectativas fomos variando de opiniões.

A importância parece consensual, porem parece-me importante citar alguns justificativos apresentados:

- "É fundamental para motivar tantos talentos profissionais que estão numa situação única."

- "É importante para promover o empreendedorismo, e a UNL percebeu que a situação destes profissionais pode conduzir a saídas que passem pelo empreendedorismo."

- "É importante para a economia em Portugal"

- "É importante para reter os talentos em Portugal pois de outro modo estes profissionais acabavam por procurar outra solução fora do Pais"

- "É uma forma de aumentar valências e preparar estes profissionais para a retoma do emprego."

Do mesmo modo quanto às expectativas, quero apresentar pelo menos as minhas: Note-se que a aplicabilidade das matérias estudadas no curso não se restringe apenas a quem tenha pretensões a empreendedor mas pode ser muito útil também a quem quer olhar para as suas organizações sobre outra perspectiva e abordagem. Se tinha perfil de Gestor da Mudança no final sinto que serei ainda mais um Intrapreneurship.

Hoje o Dia foi inteiramente passado com a aula de Financiamento e Lançamento de novos projectos. Porque nunca nenhum curso de licenciatura inclui uma cadeira com este tema? Talvez hoje fossemos uma geração de verdadeiros empreendedores?

Penso hoje mais ainda que muitas Universidades incluindo a que frequentei, deviam querer ter um papel na construção do nosso País mais activa e mais no sentido empreendedor.

Melhores/piores momentos (do dia de hoje)

1- Explicação cientifica na aula da manhã sobre os dados do estudo que indica que os filhos dos emigrantes Portugueses são os que ficam mais tempo em casa dos pais: a sopa das mães.

2- Para fazer um paralelismo foi nomeada Castro, San Francisco como o local onde um negócio orientado para mulheres grávidas não resulta, com toda a certeza.

Nota Relevante: Pedro Colaço, CEO da start-up GuestCentric apresentou depois do almoço, como nasceu o projecto e no que consiste o seu modelo de negócio com um posicionamento global e de grandes ambições. A audiência assistiu interessada e participativa.

Dificuldades: O tempo para levar mais longe o trabalho de grupo continua a ser um problema. A ver vamos como conseguiremos resolver esta questão.


Data: Décimo dia do JumpStart


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Última edição por BUFFA em Ter Jul 07, 2009 1:26 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: á-Káta-De-Um-EmpReGo   á-Káta-De-Um-EmpReGo EmptyTer Jul 07, 2009 1:26 pm

...que grande marmelada !



8:35 - O barco sai do Barreiro para o décimo primeiro dia do curso, numa manhã calma, quente e ensolarada de Julho. Estão decorridos exactamente dez excitantes dias do curso e faltam outros tantos para o seu término. Estamos portanto a meio do curso e já sinto que aprendi tanto. Não que as disciplinas fossem totalmente novas para mim, mas o sabor de voltar a uma rotina, o sabor de voltar a acordar às segundas-feiras com a "obrigação" de cumprir este horário tornaram o processo de aprendizagem único. E, em boa verdade, sinto que hoje tenho uma visão mais alargada e preparada do papel das organizações, dos mercados e de cada um de nós na economia.

14:00h - Almoço

O almoço já decorre com a naturalidade de quem está entre amigos. Parece que estamos em família. As conversas sucedem com a normalidade de quem está à mesa entre conhecidos de longa data. Discutimos assuntos banais, assuntos da política actual ou meros assuntos pessoais. Puxo pela evidência de estarmos a meio do curso. Uns comentam como tem sido gratificante, outros o que têm aprendido. Eu pergunto "e o que vão fazer a seguir quando o curso acabar?"... Silêncio... Eu quebro o gelo: "Como estamos no Verão vamos de férias com a família!!". E a animação volta à mesa, à roda de conversas sobre os planos para as férias. Já temos planos para preencher os dias após o curso... pelo menos até ao fim do Verão.

O dia de hoje foi preenchido com as deliciosas aulas de Contabilidade Financeira... manhã e tarde. Mas confesso que apesar das 6 horas seguidas, é um prazer assistir àquelas aulas. E hoje teve a aliciante de versar sobre a avaliação do valor das Organizações e, pelo meio da teoria, o professor vai fazendo com que encaremos as coisas por prismas diferentes. A cada dia sou um cidadão mais esclarecido.

Percebi que afinal a taxa variável do crédito à habitação não é a mais conveniente ao cliente, percebi que ter uma carteira de acções em empresas muito "boas" nem sempre é o melhor, percebi que os empréstimos obrigacionistas nem sempre são mais apetecíveis em fase de taxas altas.... Enfim, uma marmelada... mas também percebi que ter uma geração empreendedora é o que faz a Economia do país criar valor e, consequentemente, emprego!!!

Melhores/piores momentos (do dia de hoje)

1- Entre os alunos há colegas com diversas formações. Hoje tive pena da colega advogada confrontada com as pertinentes e insistentes perguntas cara-a-cara sobre algumas perguntas de cariz fortemente matemático...Coitada!

2- Parafraseado um certo professor: "Vamos lá a ver se entendemos esta grande marmelada"

Nota Relevante:

O colega que tinha ido à entrevista foi contratado.Começa já no dia a seguir ao final do curso. Todos rejubilámos: Parabéns!

Dificuldades:

Durante o dia foi-me surgindo um abecesso no maxilar do lado esquerdo, de tal forma que quando fui ao espelho assustei-me com o peixe-sapo/tamboril que vi no espelho. Já estou medicado e amanhã tenho dentista. Caramba!


Data: Décimo primeiro dia do JumpStart


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