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Assunto: Uma dádiva .... Sáb Jun 27, 2009 3:30 pm
ehehehhe ... a ala dos eskizofrenicus ficou do outro lado ....
uhhhhhh ... maravilha ... ar puro.
Bom FDS.
ohhhh ... não tem rozinha, what a pity...., e eu ke até sou assim um bocadinho pó panasquinhas...
BuFFis
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Assunto: Re: Uma dádiva .... Dom Jun 28, 2009 1:06 pm
... são de veludo ........ as palavras....
Última edição por BUFFA em Qui Jul 02, 2009 2:41 pm, editado 2 vez(es)
BuFFis
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Assunto: Re: Uma dádiva .... Dom Jun 28, 2009 5:17 pm
Elvira Fortunato Cientista, inventora
"A palavra impossível não existe no meu laboratório"
E se, de repente, deixasse de ser preciso verificar os prazos de validade, porque a embalagem muda de cor para lhe dizer que o iogurte ou o medicamento já não estão em condições de serem consumidos?
E se a escolha da cor para as paredes lá de casa deixasse de ser sinónimo de discussões infindáveis, porque a qualquer momento pode carregar e substituir o frio creme da parede da sala por um ocre quente e tropical?
E se deixasse de haver conta da EDP, pois os vidros acumulam durante um dia energia suficiente para o consumo doméstico? E se as persianas e cortinas se tornarem obsoletas, porque com um simples toque controla a tonalidade (mais escuro ou mais claro) dos vidros e até pode usá-los como mostradores de informação ou ecrãs de TV?
Estas novas novidades que vão revolucionar o nosso dia-a-dia num futuro não muito longínquo serão possíveis graças a invenções geniais saídas da cabeça de Elvira Fortunato, 44 anos, cientista e líder do Laboratório de Ciência de Materiais da Nova de Lisboa.
A Elvira mais famosa do mundo (critério Google) escolheu almoçarmos no Barbas, que considera, sem espinhas, o melhor restaurante de peixe de toda a Margem Sul, onde ela faz o essencial da sua vida. Mora em Almada e o laboratório fica no Monte de Caparica. Só atravessa a ponte para apanhar o avião (para já…) e ir a Alvalade ver o Sporting (ela e o marido compram sempre a gamebox).
Garoupinhas. Ela ia com a ideia nas garoupinhas, mas não como não as havia, aceitamos a sugestão da casa de uma (divinal!) cataplana de cherne e gambas.
Como estava um fabuloso dia de praia, comemos na esplanada - o marido, Rodrigo (cientista e inventor como ela), e a filha, Catarina, 11 anos (que não tinha aulas nesse dia) optaram pela sala.
Elvira tornou-se um caso sério na comunidade científica internacional com a patente da electrónica invisível, que logo despertou a cobiça da Samsung, que vai usar em todos os mostradores (telemóveis, máquinas fotográficas, TV, etc.) a invenção made in Caparica, que proporciona resoluções altíssimas.
No ano passado, foi aclamada como o Cristiano Ronaldo da electrónica mundial, quando o mundo se apercebeu das enormes potencialidades da sua invenção do transístor de papel - que estão a ser exaustivamente inventariadas pela Universidade do Texas.
Jornalistas e cientistas de todo o mundo entupiram-lhe o telemóvel nos dias seguintes à divulgação, a 21 de Julho de 2008, de que ela tinha conseguido substituir o silício pelo papel (mais barato e flexível) como suporte de um transístor. O reconhecimento foi instantâneo e Elvira ganhou uma bolsa de 2,25 milhões do European Research Council, uma distinção sem precedentes para o nosso país.
É muito excitante estar à conversa com uma pessoa genial, capaz de arranjar novas aplicações para materiais comuns. Nas duas horas que durou o almoço, abrimos sucessivamente diversas janelas que fomos minimizando, sem nunca as fechar.
Elvira transpira uma autoconfiança sã, desprovida de uma gota sequer de arrogância. Está bem com a vida, apesar de não calar algumas críticas ao lado lunar da alma portuguesa: "Faço aquilo que gosto e ainda me pagam por cima."
Quando lhe perguntamos como resiste à tentação de emigrar, responde: "O dinheiro é importante, mas há coisas mais importantes na vida do que um bruto ordenado. A minha família não está à venda. Em que outro país podia estar a almoçar o que comemos hoje com esta vista?"
A satisfação e orgulho que tem na sua equipa (30 cientistas, de várias disciplinas, dos quais 12 doutorados) são infinitos: "É a melhor equipa do mundo. No meu laboratório não existe a palavra impossível.".
Mas não esconde que lhe custa que, num país com uma fileira de papel poderosa, empresas como a Portucel e a Renova tenham desperdiçado a fantástica oportunidade que lhes foi oferecida, de aproveitar a invenção do transístor de papel para fabricar produtos inovadores e de maior valor acrescentado que o papel higiénico ou de fotocópia. Mal souberam do assunto, os brasileiros da Suzano atravessaram logo o Atlântico a correr…
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BuFFis
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Assunto: Re: Uma dádiva .... Sex Jul 03, 2009 5:36 pm