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 CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...

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MensagemAssunto: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptyTer Jun 09, 2009 6:11 pm

Maurice Caillet escreveu o folheto "Catholique et franc-maçon, est-ce possible?" onde explicita as contradições entre os Católocos e os Maçons...

Portugal, um País Católico está dominado - dizem - pela Maçonaria...

Com tradução do Prof. Dr. Gérard Leroux, vejam o que diz Maurice Caillet - médico cirurgião, ginecologista e urologista...


Última edição por Anarca em Qua Jun 10, 2009 3:20 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptyTer Jun 09, 2009 6:15 pm

I – Introdução

Antigo interno nos Hospitais de Paris e, mais tarde, cirurgião em Rennes, na Bretanha, nasci numa família inicialmente cristã mas que acabara por rejeitar toda a espécie de religião e que, por isso, não julgou necessário que eu fosse baptizado.

Fui educado em escolas e liceus laicos.

Racionalista, acreditando na omnipotência da ciência, aderi às teses de Jacques Monod sobre « o acaso e a necessidade » no que diz respeito às origens químicas, aleatórias e espontâneas da vida, e fui um pioneiro da contracepção artificial, das esterilizações e da interrupção voluntária da gravidez, paralelamente com a prática da cirurgia ginecológica e urológica.

Interessei-me por numerosas formas de esoterismo e ocultismo : maçonaria, rosa-cruz AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis), xamanismo, magia branca, técnicas dos curandeiros, radioestesia, magnetismo, yoga, taï-chi e qi-gong, espiritismo…

Fui, sobretudo, um activo maçon durante quinze anos, venerável de loja, 18.º grau, delegado no convento, membro da «fraternal» dos altos funcionários.

A frequentação assídua destes meios levou-me a verificar que todos os esoterismos são herdeiros da gnose, que quis corromper o cristianismo logo no início, nele introduzindo elementos das filosofias pagãs, dos mitos e dos símbolos que se tornaram obsoletos, inúteis, depois da Revelação de Jesus Cristo e da sua Ressurreição.

É verdade que alguns destes símbolos se encontram nas nossas igrejas e catedrais, construídas pela maçonaria operativa.

Os maçons referem-se frequentemente à Bíblia, mas vêem nela um texto nem menos nem mais sagrado do que outros como os Upanishads, a Bhagavad-Gita ou o Livro dos Mortos dos Egípcios.

Todos falam de Deus - de resto os espíritos maus também O conhecem -, mas reduzem Jesus a um simples iniciado ou profeta, colocando-o no mesmo plano que Buda, Confúcio ou Lao-tseu.

A maçonaria é particularmente nociva para o cristianismo, porque não tem as aparências de uma seita mas sim de uma inocente associação filosófica (quotizações razoáveis, organização democrática dos três primeiros graus, aparente ausência de coacção ou de lavagem ao cérebro); porém, de há 250 anos a esta parte, ela tem vindo a impregnar progressiva e profundamente as ideias e as legislações de todos os países modernos : laicidade, clubismo, divórcio, contracepção, licença dos costumes (ao abrigo do liberalismo), aborto, PACS (Pacto Civil de Solidariedade), despenalização das drogas leves, eutanásia, etc.

A maçonaria pretende procurar a verdade, mas ela advoga o relativismo : com efeito, para ela não existe uma mas sim várias verdades, tanto no plano religioso como no plano moral.

Ela pretende conferir a Luz aos seus iniciados ; porém ela actua no segredo das lojas e recusa terminantemente admitir que Jesus é «a Luz, a Verdade e a Vida».

Eu tinha cinquenta anos quando levei a minha mulher, gravemente doente, a Lourdes. Fi-lo em desespero de causa, na esperança de um choque psicológico ou cosmo-telúrico benéfico…

Aí, na cripta da basílica, assisti pela primeira vez da minha vida a uma missa, e fui convertido em poucos minutos ao ouvir a Palavra de Deus que diz : «Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos» (S. Mateus 7, 7), seguida de uma locução do Espírito Santo.

Fui pedir imediatamente o baptismo. Frequentei, durante três anos, a Igreja Ortodoxa Galicana. Até que descobri os ensinamentos de imenso valor do Papa João Paulo II, o que me levou à Igreja Católica Romana, onde a minha mulher e eu casámos sacramentalmente, por um indulto especial do Santo Padre.

Pouco tempo depois, recebemos a efusão do Espírito Santo, no quadro da Renovação Carismática, na Comunidade das Bem-Aventuranças.

Abandonei então todas as minhas práticas esotéricas e ocultas, ao descobrir que eram incompatíveis com a Fé católica.

Desde que me reformei, tenho dado o meu testemunho público em aproximadamente sessenta conferências públicas, entrevistas radiofónicas e televisivas. Escrevi artigos e livros (cf. http://www.cailletm.com/). Tornei-me sócio da Associação dos Escritores Católicos de Língua Francesa e sou membro do comité de honra da Aliança para os Direitos da Vida.

Porém, eu não seria nada sem a graça divina que vem para nos salvar.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptyTer Jun 09, 2009 10:07 pm

Será possível ser católico e maçon?

É a pergunta que tenho feito perante inúmeros auditórios, sem animosidade particular contra a maçonaria, mas com um desejo de grande clareza.

Nada, com efeito, é mais prejudicial do que a confusão, do que o sincretismo que mistura espiritualidades inconciliáveis e leva, ao fim e ao cabo, à destruição dos valores religiosos e morais.

É necessário haver tolerância, ninguém o discute. Mas o sincretismo é inaceitável, tanto para a razão como para a inteligência. Respeito o islão, mas quem defenderia a ideia peregrina de que é possível ser ao mesmo tempo católico e muçulmano ? A questão não é nova, já que menos de vinte anos somente depois da criação da maçonaria moderna - especulativa, intelectual -, o Papa Clemente XII, em 1730, a condenava por uma constituição «válida perpetuamente», condenação reiterada por numerosos Papas até João Paulo II inclusivamente, sob proposta do Cardeal Joseph Ratzinger, em Novembro de 1983.

No entanto, sempre houve, entre os leigos e, até, entre os eclesiásticos, quem achasse de bom tom distanciar-se das motivadas advertências do Magistério.

O galo francês está sempre muito orgulhoso da sua independência, e não canta apenas nas galinheiras mas também nas sacristias!
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptyQua Jun 10, 2009 3:19 pm

E a verdade é que tivemos ocasião de ver, nos anos 60, o Reverendo Padre Michel Riquet, jesuíta, e o jornalista Alec Mellor fazerem a apologia da maçonaria.

Vinte anos mais tarde, era a vez de D. Jean-Charles Thomas, bispo de Versailles, « namorar » Jean-Jacques Gabut, Grão-Mestre da Grande Loge de France, indo ao ponto de afirmar que o Cardeal Ratzinger constituía « um sério empecilho no seio do Vaticano ».

E, em 9 de Dezembro de 1999, era com espanto que se podia ler, no jornal Le Figaro, a notícia necrológica do Padre Jean-Claude Desbrosse, com todos os seus títulos maçónicos. Este, aliás, foi publicamente defendido, no jornal La Croix, pelo seu antigo superior, D. Armand Le Bourgeois, o «bispo vermelho», sendo este último logo contraditado pelo seu sucessor na diocese de Autun, D. Raymond Séguy.

Desde então, outros bispos franceses, não dos menos influentes, têm defendido o ponto de vista romano : D. Jean Bonfils, bispo de Nice (cf. Les Nouvelles Religieuses, n.º 161) ; D. Henri Brincard, bispo de Le Puy-en-Velay (cf. o site Internet daquela diocese); D. Dominique Rey, bispo de Toulon (cf. revista La Nef, Dezembro de 2004) ; D. Maurice de Germiny, bispo de Blois; etc.

De notar que estes bispos não são nada ultramontanos, isto é, partidários da extensão sem limite dos poderes espirituais do Papa.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptyQui Jun 11, 2009 3:42 pm

O que é a maçonaria?

Oficialmente, trata-se de uma associação filosófica e filantrópica que, sob a forma «especulativa» (isto é, dedicada ao estudo das coisas teóricas), surgiu no início do século XVIII.

Esta associação é constituída por obediências, ou federações de lojas. Em França, todas as cidades com certa importância possuem uma ou várias lojas.

Em cada obediência existem pelo menos quatro estruturas paralelas de natureza distinta :

- Uma estrutura que se pode qualificar de democrática, que reune oficinas, ou lojas azuis, ou ainda lojas de S. João, e que gera os três primeiros graus : aprendiz, companheiro, mestre. Os oficiais e o venerável que dirigem os trabalhos da oficina, o delegado no convento (isto é o deputado à assembleia nacional anual), os membros do Conselho da Ordem, o Grão-Mestre e os seus adjuntos, são todos eleitos e não podem ser reconduzidos para além de dous ou três anos. Estas lojas de base devem ser declaradas, em conformidade com a Lei de 1901 sobre as associações, junto das prefeituras departamentais, e aparecem com frequência na primeira página dos jornais, com fotografia do Grão-Mestre, como se não houvesse qualquer secretismo ; a este nível, existe uma constituição, estatutos e uma justiça maçónica encarregada de julgar os litígios entre maçons.

- Uma segunda estrutura, iniciática essa, muito menos conhecida, ignorada, até, dos « profanos », isto é dos que não foram iniciados ; trata-se das oficinas de aperfeiçoamento, divididas em quatro níveis estanques, do 4.º até ao 33.º graus segundo certos ritos (REEA - Rito Escocês Antigo e Aceito), 25, 6 ou 7 segundo outros ritos, sem comunicação das oficinas superiores para as inferiores ; aí o recrutamento faz-se por cooptação, e a gestão desta pirâmide é assegurada por um colégio de grandes iniciados, desconhecidos dos maçons da base - e mais ainda da Imprensa - e presidido por um Grande Comendador vitalício.(De referir aqui a afirmação feita, em Julho de 1889, por um Grande Comendador americano, Albert Pike, e referida por Jean-Claude Lozach'meur no seu livro : Fils de la veuve : Essai sur le symbolisme maçonnique, Villegenon, Editions Sainte Jeanne d'Arc, 1990, p. 120-121 : « Lúcifer, Deus da Luz e Deus do Bem, luta pela humanidade contra Adonai, Deus da Obscuridão e do Mal. » Mais discreto, Oswald Wirth, outro grande iniciado e iniciador, escreveu no Livre du Compagnon : « A Serpente, instigadora da desobediência, da insubordinação e da revolta, foi amaldiçoada pelos antigos teocratas, enquanto era honrada pelos iniciados.»)

- A terceira estrutura nem sequer tem estatuto oficial nas obediências. Trata-se das chamadas « fraternais », que reunem os maçons conforme as suas profissões ou interesses, o que abre a porta, segundo um antigo Grão-Mestre, Alain Bauer, a todo o tipo de compromissos e corrupções, porquanto se encontram nelas maçons pertencentes a obediências diferentes que, em público, não hesitam em lançar-se anátemas (como, por exemplo, o de pertencerem a « obediências irregulares », etc.). Para se convencer disto, basta consultar, na Internet, o site Hiram, realizado por maçons enojados por estas práticas e que procuram obviar a certas « derivas » políticas ou económicas, como aconteceu nos casos Robert Boulin, René Lucet, Elf-Aquitaine, Mouillot, Renard, etc.

- Finalmente, sete mestres podem constituir uma loja « selvagem », que não tem contas a prestar a ninguém, e onde se pratica frequentemente a magia. Fui solicitado para fazer parte de algumas delas. Existem ainda clubes especificamente maçónicos, como, por exemplo, os Clubs des cinquante - cinquenta maçons entre os mais influentes das grandes cidades de França, que se reunem nos melhores restaurantes e não nas lojas.


Última edição por Anarca em Sex Jun 12, 2009 10:17 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptySex Jun 12, 2009 12:04 pm

Tudo opõe a filosofia maçónica e a religião católica...

1 - Historicamente

Cada um sabe quem foi São Pedro, chefe dos Apóstolos, primeiro bispo de Roma, a quem Jesus confiou a sua Igreja.

As origens da maçonaria são muito mais escuras. No entanto, historiadores admitem que a sua criação resultou da transformação e fusão de quatro lojas da maçonaria operativa (a dos construtores de catedrais) em Londres, em 1717, sob o impulso de dois pastores protestantes, James Anderson (presbiteriano) e Jean-Théophile Desaguliers (anglicano), e sob a influência discreta de Isaac Newton, cientista famoso mas herético notório, adito à magia e à alquimia, e admirador de Nostradamus e… dos filósofos da Luz - o que é pelo menos contraditório!

Aliás, as Constituições fundadoras, ditas de Anderson (1723), só mencionam Deus uma única vez, num título, e nunca a Santíssima Trindade, ou o pecado, ou a salvação, a Ressurreição, a Ascenção ou o Pentecostes (isto é, a descida do Espírito Santo).

Em França, a maçonaria surge logo em 1725, designadamente em Bordéus : nela aparece filiado Montesquieu ; e todos os seus membros - fidalgos, grandes burgueses, eclesiásticos até - são galicanos, isto é, opostos à preeminência do bispo de Roma, o Papa, sobre os outros bispos.

Como já disse, a maçonaria, seja ela operativa ou especulativa, é uma ressurgência da gnose, sistema de pensamento já condenado por Santo Ireneu no séc. II, mas cuja influência permanece viva em todas as ordens iniciáticas.


Última edição por Anarca em Sex Jun 12, 2009 10:17 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptySex Jun 12, 2009 10:16 pm

2 - As origens

Para o cristianismo, a origem é o kerigma, isto é, o anúncio público, por testemunhas oculares (entre as quais o Apóstolo São João), da morte e ressurreição de Jesus para a nossa salvação.

Para a maçonaria, a origem são as fábulas, os mitos, entre os quais o mito central de Hiram, arquitecto do templo de Salomão, que teria sido morto por três maus companheiros - uma lenda desprovida de toda a base escriturária ou histórica, como o é também a da pretensa transmissão por São João de um ensinamento secreto de Jesus transmitido pelas ordens de cavalaria, passando pelos Templários, com um lapso de mais de mil anos…

Ora, Jesus, falando perante o Sinédrio, declarou : « Falei ao mundo abertamente, sempre ensinei nas Sinagogas e no Templo (…) e não disse nada em segredo » (S. João 18, 20).

Mais inverosímil ainda é a hipótese de uma transmissão secreta de ritos iniciáticos desde a antiguidade egípcia até aos maçons modernos, hipótese recentemente espalhada pelo talentoso romancista maçon, Christian Jacq.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptySáb Jun 13, 2009 4:28 pm

3 - Os fundamentos

O cristianismo é uma religião revelada pelo próprio Deus, primeiro a Moisés, depois por e em Jesus Cristo, o Messias.

Comporta um certo número de dogmas, isto é, de pontos doutrinais essenciais, enunciados no Credo, que um católico bem formado e coerente não pode contestar sem renegar a sua Fé : Deus trinitário, Encarnação, Ressurreição, Ascensão, Imaculada Conceição e Assunção da Virgem Maria.

A Igreja afirma, na base da Revelação (Escritura e Tradição), deter a verdade sobre as relações entre Deus e o Homem.

Finalmente, o cristão apoia-se mais na graça misericordiosa de Deus do que nas suas próprias obras para conseguir a salvação. Pelo contrário, a maçonaria advoga uma filosofia humanista, principalmente preocupada com o Homem, e dedicada, é certo, à procura da verdade, mas uma verdade que afirma ser finalmente inacessível. Rejeita liminarmente toda a ideia de uma revelação, bem como toda e qualquer espécie de dogma, defendendo o relativismo:

- relativismo religioso, ou indiferentismo, que coloca todas as religiões no mesmo plano, ao mesmo tempo que se eleva acima delas (já em 1723), como centro de união ; - relativismo moral, uma vez que nenhuma regra ética é de origem divina e, portanto, definitiva e intangível ; assim, a moral evolui consoante o consenso das sociedades.

O Papa Leão XIII, ao qualificar, em 1884, a maçonaria de « seita », define assim a atitude desta perante a moral :

«Em todas as coisas, a natureza ou a razão deve ser mestra e soberana.»

Ora, é precisamente esta ideia que vemos defendida pelo antigo senador Henri Caillavet, maçon muito influente e ferrenho defensor da eutanásia :

«Não existe moral universal, com fundamento divino; a moral é essencialmente contingente; evolui, não é transcendental; aquilo que é verdadeiro hoje será falso amanhã.»

Por outras palavras, e qualquer que seja a obediência, é sempre a independência do Homem em relação a Deus ; é a cidade terrestre como a define Santo Agostinho :

«O amor de si mesmo levado até ao desprezo de Deus.»

A recusa da Revelação e da transcendência divina implica também, obviamente, a recusa de todo o fenómeno sobrenatural : teofanias, aparições, milagres.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptyDom Jun 14, 2009 4:33 pm

4 - Os ensinamentos

Na Igreja Católica, os ensinamentos são acessíveis a todos : Catecismo da Igreja Católica, Actas dos Concílios, Encíclicas (dirigidas aos bispos, mas divulgadas urbi et orbi [à Cidade (Roma) e ao Mundo]).

Na maçonaria, uma formação esotérica, secreta, é dada aos iniciados conforme os seus graus, formação no decurso da qual são progressivamente revelados os mistérios supostamente escondidos pelos dignitários da religião exotérica, isto é os responsáveis da Igreja Católica Romana. (Sendo assim, poder-se-á perguntar porque é que as igrejas ortodoxas e as comunidades protestantes dissimularam os mesmos mistérios, já que combatem há tanto tempo a Igreja Romana ?)

Todos os rituais fazem reluzir aos olhos dos iniciados um pretenso «conhecimento» de uma pretensa «tradição primordial», prehistórica, e de uma «Luz» que, quando muito, será a de um melhor conhecimento de si mesmo pelo iniciado, mas, em caso nenhum, a da Transfiguração de Jesus no Monte Tabor (cf. S. Mateus 17, 1-9) ou a de um São Serafim de Sarov na presença de Motovilov , ou a de outros Santos.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptySeg Jun 15, 2009 8:58 pm

5 - O próprio conceito de Deus é profundamente diferente

Para um cristão, Deus é um ser pessoal : três Pessoas num só Deus, que mantêm uma relação de amor com a criatura humana.

É o que os teólogos chamam teísmo.

Para o maçon, Deus será, quando muito, «o Grande Arquitecto do Universo», ou «o Mestre Relojoeiro» (Desaguliers), imagens sem substância verdadeira, mas difundidas, em particular, por Voltaire, «iniciado » em idade provecta.

Esta concepção é a do deísmo.

A este Grande Arquitecto pede-se - assim se pode dizer - para não intervir nos assuntos dos homens. Aliás, nem sequer é mencionado nas Constituições de Anderson.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptyQua Jun 17, 2009 1:06 pm

6 - A escatologia; os novíssimos

No cristianismo, o fim da vida é a Vida Eterna, concedida por graça, numa adoração e num louvor sem fim, face a face amoroso com o Senhor.

Na maçonaria, é a morte, chamada "passagem para o Oriente Eterno", a qual escapa a toda a definição ou descrição.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptySex Jun 19, 2009 1:54 pm

Conclusão:

O católico não deve deixar-se seduzir pelos ideais maçónicos - os da República Francesa : Liberdade, Igualdade, Fraternidade -, que não têm o mesmo sentido para um cristão e para um maçon.

A liberdade, para um cristão, é um meio concedido por Deus ao Homem para se dirigir para o bem e para o amor.

Para um maçon, é um objectivo sem finalidade, que serve para deitar abaixo todos os tabús e todos os interditos da moral tradicional. Ora, como bem advertiu o Cardeal Ratzinger numa comunicação à Académie des Sciences Morales et Politiques, em Paris, em 1992 : « Uma liberdade cujo único conteúdo consistiria na possibilidade de satisfazer os seus desejos deixaria de ser uma liberdade humana : passaria a pertencer ao domínio animal. »

A igualdade, para os cristãos, resulta do facto de serem todos filhos de um mesmo Pai, e irmãos e irmãs de Jesus Cristo. Para um maçon, tal igualdade não passa de uma ilusão, já que há que distinguir entre profanos e iniciados, alguns destes pertencentes a numerosos graus - 33 nalguns ritos!

A fraternidade cristã é universal e traduz-se, de há muitos séculos a esta parte, por inumeráveis organizações caritativas e humanitárias fundadas em todo o planeta ; a dos maçons limita-se, ou concentra-se, no círculo restrito dos iniciados.

Recentemente (2 de Março de 2007), Mons. Gianfranco Girotti, secretário da Penitenciaria Apostólica, relembrou a condenação romana de 1983 : o católico filiado numa organização maçónica encontra-se « em estado de pecado grave » e « não pode ter acesso à comunhão », devido à incompatibilidade entre a fé cristã e a filosofia maçónica.
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MensagemAssunto: Re: CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?...   CATÓLICO E MAÇON, SERÁ POSSÍVEL?... EmptySeg maio 31, 2010 1:32 pm

A Ditadura da Maçonaria

Portugal está nas mãos da mafia maçónica.

A Maçonaria está a estrangular Portugal.

Portugal está num beco sem saída. Vivemos na miséria. Económica, social , política.

Somos os últimos na União Europeia e a mim tão situação causa-me naúseas.

Destesto ser o último e não admito que Portugal, o País que eu amo ,seja a cloaca da Europa.

Hoje em Portugal para se ter um emprego é necessário ser da maçonaria.

A Maçonaria e o seu ritual - ridículo - do avental , de homens com avental a agirem como se vivessemos na idade das trevas, é hoje o maior centro de emprego político que há. De tráfico de influências .

A Maçonaria domina tudo, tudo protege.

Meia dúzia de espertos dominam 10 milhões!!!

Mas a maçonaria é o contrário da espiritualidade. Mesmo a maçonaria que não é ateia , não passa de centro de tráfico de influências.

Os portugueses não podem ser governados por intrujas que usam a maçonaria para traficarem influências, para fazerem negociatas de todo o tipo.

Uma cambada de incompetentes e corruptos.

Hoje os lugares politicos, os lugares de topo da administração pública, das Empresas Públicas, são reservados a maçons.

Uma ditadura.

Mas esta gente, impia, não temente a Deus, não pode triunfar.

Levantemo-nos contra esta vigarice, contra esta gentalha que é sumamente minoritária mas que domina o Pais, que faz todo o tipo de vigarice, que se serve do Estado, suga o Estado.

Denunciemo-los, sem temor!!!

Portugal é um Estado cristão. Vamos caçar essa gente interesseira e que abafa Portugal.

A corrupção, o tráfico de influências, as mafias, estão todas cobertas pelas maçonarias

A porcaria em que vivemos está relacionada com os tráficos de influências, as negociatas, os esquemas, o amiguismo, a vigarice, está relacionada com a maçonaria.

Esta gente tem de ser posta no lugar.

Os portugueses , cristãos, católicos na esmagadra maioria ,não podem ser esmifrados, vigarizados , pelas sociedades secretas.

Imagino juízes - que estão obrigados a julgar com imparcialidade e isenção, vestidos com aventais maçónicos, a fazerem juras de apoio a irmãos - a jurararem defender os irmãos, sabendo que por via disso não podem depois ser isentos e imparciais.

E há vários juízes em Portugal que pertencem à maçonaria.

Não admira que a Justiça Portuguesa seja a mais fraca , a menos eficiente, a que menos respeita os direitos liberdades e garantias.

Vamos denunciar isto, vamos combater isto. Sem medo, porque o Poder reside no Povo.

Portugal só avança se mudarmos a magistratura, até agora servil do Poder Político e económico.

Sei que me vão perseguir, mas quero que eles vão para o Inferno.

Quem não acredita em Deus não me merece consideração.

Hoje é o dinheiro que manda , o esquema, a cunha, a vigarice.


Que me processem , o que não é demais num Estado medieval como é Portugal.

Vamos combater a maçonaria, sem medo, em todos os dominios, em Portugal e no estrangeiro.

E eu estou disposto a tal porque para mim dinheiro não me importa, não me vendo.

Os aventais metem-me asco, nojo , não aceito sociedades secretas em Portugal, num País da Uniao Europeia, num Estado que deve ser moderno, igualitário fraternal.

Não sou fundamentalista, aceito e respeito todas as religiões, mas não quero a maçonaria, porque não passa de um esquema, de uma agência de empregos, de cargos, de tráfico de influências.

Porque hoje deram à maçonaria um fim diferente. Antes, no Século XVIII e XIX a maçonaria era uma coisa diferente. Era a oposição ao "ancient regime", lutava pela liberdade, igualdade, fraternidade.

Hoje a maçonaria não passa de uma seita que domina o Estado, mata a democracia, uma agência de empregos , de tráfico de influências.

Perdeu os valores como parâmetro de actuação.


Contém comigo para essa missão.

Por Portugal e pelos Portugueses.

Contra a mafia .

(José Maria Martins)
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