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 A PEDRA FILOSOFAL

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Anarca

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MensagemAssunto: A PEDRA FILOSOFAL   A PEDRA FILOSOFAL EmptySáb Set 26, 2009 9:29 pm

A Pedra Filosofal era o principal objetivo dos alquimistas.

Segundo a lenda, era um objecto que poderia aproximar o homem de Deus. Com ela o alquimista poderia transmutar qualquer metal inferior em ouro, como também obter o Elixir da Longa Vidacque permitiria prolongar a vida indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado pelos alquimistas de "A Grande Obra".

Aparentemente, o trabalho de laboratório dos alquimistas na busca pela pedra filosofal era, na verdade, uma metáfora para um trabalho espiritual. Neste sentido, a transmutação dos metais inferiores em ouro seria a transformação de si próprio de um estado inferior para um estado espiritual superior.

Torna-se mais clara a razão para ocultar toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", se nos lembrarmos que na Idade Média qualquer um poderia ser acusado de heresia, satanismo e outras coisas, acabando por ser queimado na fogueira.

A pedra filosofal poderia não só efectuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir da Longa Vida, uma panacéia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e dentre eles destaca-se Paracelso.

A busca por esta pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante a busca pelo Santo Graal das lendas Arturianas. Em seu romance Parsifal, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais e teria poderes inimagináveis.

Ao longo da história a criação da pedra filosofal foi atribuída a várias personalidades, como Paracelsus e Fulcanelli, porém é inegável que a lenda mais famosa refere-se a Nicolas Flamel, um alquimista real que viveu no século XIV. Segundo o mito, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos, porém, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Segundo a lenda, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em Santiago na Espanha, que fez a tradução do livro, que se tratava de cabala e alquimia, possuindo a fórmula para a pedra filosofal.

Por meio deste livro, conseguiu fabricar a pedra: segundo a lenda, esta seria a razão da riqueza de Flamel, que inclusive fez várias obras de caridade, adornando-as com símbolos alquímicos.

Ao falecer, a casa de Flamel foi saqueada por caçadores de tesouros ávidos por encontrar a pedra filosofal. A lenda conta que, na realidade, ambos, Flamel e sua esposa, não morreram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas roupas no lugar de seus corpos.


Última edição por Anarca em Sáb Set 26, 2009 9:42 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A PEDRA FILOSOFAL   A PEDRA FILOSOFAL EmptySáb Set 26, 2009 9:38 pm

Os Templários e a busca da Pedra Filosofal.

Paris 18 de março de 1314

Por volta de meio-dia, ao lado da catedral de Notre Dame, quatro homens esperavam as suas sentenças. Eles eram membros da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo do Rei Salomão. Era a Ordem monástico-militar mais poderosa de seu tempo. Eles estavam nos mais altos escalões da hierarquia da Ordem. Eram o preceptor da Aquitânia, Godfroi de Gonnevile; o preceptor da Normandia, Godfroi de Charney; o tesoureiro e visitador do Templo da França, Hugues de Pairaud e o Grão Mestre da Ordem, Jacques de Molay. Quem os conheciam, quase não os reconheciam. Estavam a pele e ossos. Estavam pálidos, olhos fundos quase sem vida. Já haviam sofrido todos os tipos de provações.

Foram presos junto com os outros irmãos da Ordem. naquela fatídica sexta-feira 13 de outubro sete anos atrás. Depois da humilhação da prisão, vieram os interrogatórios, as noites sem poder dormir, a fome, a dor nas mãos dos carrascos e o pior, o olhar negro e as perguntas afiadas do inquisidor. Todos acabaram confessando algo, mesmo que para se ver livre das sessões de torturas.

Hoje eles vieram para formalizar e receber suas penitências pelas heresias que confessaram praticar. Primeiro deveria ser lido em voz alta as confissões e confirmar que elas eram verdadeiras e que estavam ali sem coação. Primeiro foi lida a confissão de Hugues de Pairaud. As pessoas se horrorizavam só de pensar que aquele homem poderia ter praticado tamanhas heresias. Ouviam-se gritos de perdidos da multidão: "Hereges! Malditos! Queimem no inferno!". Pairaud concorda e afirma suas heresias. Sua alma estava livre, e foi sentenciado a pagar uma penitência de prisão perpétua. "Pelo menos, não vou ser queimado." deve ter pensado Pairaud. Os espectadores ficaram tristes em não ver o excitante espetáculo das chamas queimando um herege. O segundo foi Gonneville, que seguiu os passos de Pairaud e teve a mesma sentença.

A platéia já perdera o interesse no julgamento, aqueles paspalhos iam todos confessar suas heresias e apodreceriam na masmorra. Por que tanta propaganda então? Talvez apenas para chamar atenção do povo e ter um público decente, é bem típico do Rei Filipe. Foi lido sem mais delongas a confissão de Hugues de Charney, O escrivão já estava pronto, com a pena na mão para que Charney assinasse, mas ele não o fez. e disse "Eu nego que fiz tais abominações! Só confessei por que estava sendo torturado, menti para salvar a minha vida!" Um breve silêncio se fez, mas foi de súbito em afogado por um turbilhão de vozes, gritos, agitações... "Queimem-no!" ordenou um dos cardeais.

"E tu velho!" outro cardeal apontou para o ex-Grão-Meste Molay. "Ouça a sua confissão! Molay ouviu atentamente. Palavra por palavra. Por fim o cardeal disse: "Confessa a sua confissão de heresia sem receio e ciente que não está sendo coagido, e é de pura vontade? E sendo herege confesso, aceita negar a heresia e voltar para os braços da Igreja?!" Molay deu um leve passo a frente e disse: "Não".

Outro súbito de histeria tomou conta da multidão. Mas foram silenciados quando Molay começou a falar. "Falhei no meu juramento de guiar os caminhos da Ordem do Templo. Mas a força da ganância do homem suplantou os cavaleiros que empunhavam a espada de Deus. Se tenho que confessar qualquer pecado, confesso a da mentira! Peço perdão a Deus por ter sido fraco e sucumbir a dor e confessar coisas tão abomináveis! E se pequei, meu pecado foi o da mentira e o da covardia! A Ordem do templo é inocente, tão inocente como o sol que nos ilumina!"

"Queimem-no! junto com o outro, hoje mesmo, montem um patíbulo!!!" gritou um dos cardeais, e Jacques de Molay ainda consegue um segundo para contemplar a maravilhosa catedral de Notre Dame, e num lapso de pensamento, desejou que as portas do céu, fosse tão linda como aquela a catedral.

No cair da tarde, tudo estava pronto numa pequena ilha no Sena, chamada Île-de-Javiaux. O Papa Clemente V foi o primeiro a chegar. Filipe demorou bastante, teve que cancelar vários compromissos, mas nada poderia privá-lo daquele espetáculo. Era seu golpe final, a sete anos atrás armou uma arapuca tão bem planejada, e agora o cérebro da ordem do Templo irá se tornar cinzas. Do tão falado tesouro nada conseguiu, mas pelo menos, acabaram um dos seus maiores problemas.

O povo não se continha, eram gritos, palavrões, alguns atiravam lama, uma criança brincava tentando pegar uma fita que esvoaçava com o vento. Depois de toda cerimonia do protocolo de execução, Charney e Pairaud foram amarrados as estacas. Era quase impossível de reconhecer Charney, sempre fora um homem calmo de aparência pacata. Mas seus olhos arregalados exalavam terror enquanto lágrimas corriam eu seu rosto. Se debatia, contorcia como uma fera que caíra em uma armadilha. Pelo contrário, Molay estava sereno, parecia que acabara de acordar de um lindo sonho. Olhava ao horizonte, ou ficava olhando o rosto as pessoas que vieram se divertir com a sua execução.

O Rei deu o sinal, e as chamas começaram a arder. As chamas ainda estavam começando a se fazer e Charney gritava e se debatia como um louco. E Molay ficava olhando para os céus, como estivesse fazendo uma prece. Pouco à pouco as chamas começaram a chegar em seus pés. As chamas aumentavam e a morte ficava mais perto trazendo sua foice amolada. Os dois templários começaram a gritar de dor, Clemente fechou os olhos e inspirou profundo. Felipe deu um sorriso maroto com o canto da boca, Seus olhos grandes e azuis contemplavam sem piscar o seu feito. Os Templários chegaram ao fim.

De repente, uma das cordas se queimara e Molay conseguiu soltar um dos braços, ele levantou o braço, cerrou o punho, apontou para Filipe e gritou com uma voz de agonia: "Filipe! Filipe!" Nesse momento o Papa reconhecera a voz de Molay e abre os olhos assustado. "Filipe seu canalha! Eu te amaldiçoou! Te vejo daqui a um ano no tribunal dos céus! E teus filhos e teu sangue nunca mais sentarão no trono da França!" Todos ficaram em silêncio, e o Papa fez o sinal da cruz apavorado. "E tu Clemente! Sois o maior de todos os hereges! te encontrarei daqui a um ano, e tu prestarás contas com o Deus que tu blasfêmas!" E o que se seguiu foram gritos de dor e desespero dos dois templários, até se calarem como estátuas carbonizadas.

O Papa se benzeu inúmeras vezes, e Filipe estava atônito e visivelmente assustado. Mas um dos cavaleiros do rei bateu em suas costas e disse: "Daqui a um ano vamos fazer uma festa para comemorar esse dia." Filipe sorriu "É, vamos, temos coisas mais importantes a fazer, do que perder tempo com esses fracassados". Disse Filipe com um sorriso.

Boccace Le cas des nobles hommes et dames, 15. Jh.15th c.
Bibliothèque Municipale de Bergues


PS: Clemente morreu de um mal estar, teve diarréias e em 20 de abril - 32 dias após a morte de Molay. O Rei Filipe morreu em 29 de novembro atacado por um javali, e nos catorze anos que se seguiram, cada um dos três filhos de Filipe que se tornaram rei, morreram, sendo o fim da dinastia dos reis Capetinos.
A França caiu em dilaceradas disputa, e as convulsões do reino conduziram a Guerra dos 100 anos com a Inglaterra.
Será que a maldição se cumpriu?...
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MensagemAssunto: Re: A PEDRA FILOSOFAL   A PEDRA FILOSOFAL EmptySeg Nov 09, 2009 5:25 pm

A Pedra Filosofal

Quem já não ouviu falar acerca dos respeitáveis filósofos, médicos, químicos e intelectuais que passaram boa parte da sua vida diante de seu laboratório alquímico tentando decifrar o enigma da pedra filosofal, tão comentada nos círculos iniciáticos da Idade Média? Classificavam esse trabalho como sendo a “Grande Obra”, em alusão ao trabalho executado pelo Princípio Criador que resultou na confecção do universo que conhecemos. Em outras palavras, os alquimistas desejavam criar em pequena escala, assim como Deus o faz em grande escala. É nesse sentido que referiam-se ao homem como sendo um microcosmo, capaz de refletir, em partes, o potencial criativo do universal (Macrocosmo).

Alguns célebres alquimistas, revelaram em alto e bom tom que conseguiram a proeza de confeccionar a famosa pedra filosofal, capaz de transformar metais inferiores em ouro. Outros diziam ter descoberto um elixir capaz de curar todas as doenças e prolongar a vida por tempo indeterminado. Sem nos determos a uma discussão infrutífera acerca da confecção da tal pedra em seu aspecto material e grosseiro, vamos direto ao que realmente interessa, que são os resultados alcançados pelos mais célebres alquimistas em seu próprio desenvolvimento espiritual. É difícil analisar aqui em poucas palavras, as vivências, experiências e descobertas que levaram tais homens concluírem que o processo de confecção da pedra era mais subjetivo que objetivo. Apenas para uma análise e conclusão superficial do processo de purificação alquímica, analisemos um dos mais importantes modus operandi dos antigos alquimistas em seus laboratórios:

“O alquimista mistura alguns componentes químicos com reagentes e coloca tudo num destilador ou forno alquímico. Inicia-se um processo de destilação e obtém o que se convencionou chamar o "espírito" daqueles mistos. Em seguida o resultado do produto destilado era novamente juntado aos restos do processo e iniciava-se o trabalho de purificação por inúmeras vezes. Dessa forma, agindo paciente e insistentemente nesse trabalho árduo, onde devia-se a todo tempo controlar a temperatura do forno, o alquimista entrava inconscientemente em estado de contemplação meditativa, onde alcançava uma elevação de seu ser. Depois de anos de persistência, o alquimista descobria que tentando purificar os materiais, acabava purificando-se e melhorando sua própria personalidade. E, mudando sua personalidade para melhor, notava que tudo à sua volta mudava, haja visto que o preceito hermético prescrito numa esmeralda por Hermes estava certo. “Tudo o que está em cima é como o que está embaixo”. O alquimista descobria também, com imensa alegria, que tudo o que estava fora era como o que estava dentro dele. Refletia como um espelho no mundo exterior as melhorias sensíveis em sua personalidade. Descobria assim, que era possível a transmutação dos metais, não apenas no seu aspecto físico, mas principalmente seu aspecto espiritual, já que acreditava que os minerais também possuíam, por assim dizer, um “espírito”. Na maioria das vezes quando chegava a essa conclusão magnífica, o alquimista abandonava de fato a busca pelo processo de transmutação dos metais em ouro, já que havia descoberto um tesouro interior que ofuscava o brilho de qualquer tesouro profano.

Como vemos, a descoberta da pedra filosofal, como o próprio nome já diz, consiste no conhecimento e reconhecimento dos segredos da sabedoria universal. Mais do que nunca, o alquimista espiritualizado torna-se consciente de sua capacidade de criar e modificar a natureza assim como Deus, já que fora desde os tempos antigos caracterizado como sendo criado à imagem e semelhança Daquele. Entretanto; a partir da nova descoberta da pedra filosofal, torna-se capaz de dirigir de forma consciente a sua vontade que é o verdadeiro instrumento da transmutação e da criação de todas as coisas.

Eis o segredo da pedra filosofal dos alquimistas; esse é o poder capaz de elevar o homem à capacidade de criar assim como Deus, Através da vontade firme, persistente e inquebrantável, que pode também ser caracterizada pelos místicos como “fé”, tudo é possível. A televisão, o rádio, o computador e todos os inventos que conhecemos surgiram desse processo alquímico de produção que é a mente humana. Eis o verdadeiro forno alquímico capaz de processar as maiores transmutações, através da correta utilização do fogo do desejo e da vontade e que é mantido ativo pela energia da fé. Tudo é possível ao que crê, já dizia Jesus, o maior alquimista de todos os tempos que, agindo em sintonia com o princípio criador universal fora capaz de transmutar água em vinho para alegrar uma festa.

Há uma grande variedade de textos alquímicos hoje à disposição na própria internet. Bons sites e livros excelentes à venda sobre o tema. É necessário contudo, saber de antemão que o caminho é árduo, cheio de espinhos e armadilhas no início, no meio e... o fim? Ninguém sabe quando, nem onde...

Ainda bem!
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MensagemAssunto: Re: A PEDRA FILOSOFAL   A PEDRA FILOSOFAL EmptyQui Nov 12, 2009 12:20 am

A confecção da Pedra Filosofal

Vejamos o que nos oculta e nos revela um texto alquímico que fala sobre os estágios da confecção da Pedra Filosofal. Trata-se de um texto de profunda sabedoria, revelada nas entrelinhas. Foi traduzido a partir de um texto escrito em inglês.

Em seu primeiro estado, se aparece como um corpo terrestre impuro, cheio de imperfeições. Tem uma natureza terrestre, curando toda a doença e feridas nos intestinos de homem, bem produtor e carne orgulhosa consumindo, expelindo todo o fedor, e geralmente curando, intimamente e exteriormente.

Em sua segunda natureza, aparece como um corpo aguado, um pouco mais bonito que antes porque, embora ainda tendo suas corrupções, sua Virtude é maior. Está muito mais próximo da Verdade, e mais efetivo nos trabalhos. Nesta forma cura febres frias e quentes especificamente contra os venenos que atingem o coração e pulmões, purificando o sangue. Se utilizado três vezes por dia, tal produto é de grande conforto em todas as doenças.

Mas em sua terceira natureza se aparece como um corpo aéreo de uma natureza oleosa, quase livre de todas as imperfeições. Em tal estado, tal produto faz muitos trabalhos maravilhosos, belos e produtivos. ao se colocar uma pequena quantidade na comida, previne a melancolia e melhora a circulação sanguínea ao passo que remove do ser o que é mais supérfluo.

Em sua quarta natureza se aparece em uma forma ígnea , porém ainda não totalmente liberta de todas as imperfeições. Apresenta virtudes que torna o velho, um jovem, afastando-o das portas da morte... Em doses pequenas, remove as doenças da idade enquanto rejuvenesce. Conseqüentemente é chamado o Elixir da Longa Vida.

Em seu quinto e último estágio, o produto aparece em uma forma glorificada e iluminada, sem defeitos, brilhando como ouro e prata. Aqui, ele possui todos os poderes e virtudes previamente descritos, embora em um grau mais elevado e mais maravilhoso. Aqui seus poderes se traduzem em milagres. Quando aplicado às raízes de árvores mortas reavivam-nas, enquanto produzindo folhas e frutos. um recipiente cujo óleo contiver este espírito continua queimando para sempre, sem cessar. Converte os cristais nas pedras mais preciosas e muito mais fenômenos incríveis que nem podem ser revelados aos que não se fazem merecedores de tal. Este produto cura todos os corpos mortos e vivos sem necessidade de outro medicamento. Esta essência também revela todos os tesouros em terra e mar, converte todos os corpos metálicos em ouro, e não há nada tal debaixo de Céu. Cristo é testemunha que eu não minto. Este espírito é o segredo, escondido desde o princípio. Contudo Deus concedeu tais conhecimentos a alguns homens santos para assim, revelar a sua Glória. Está no ar em forma ígnea, na terra e no Céu. É um fluxo de verdadeira água viva. Um espírito que voa pelo meio dos Céus como uma névoa matutina, conduz seu fogo queimando na água, e tem seu reino iluminando os Céus.

Esta substância espiritual nem é divina nem infernal, mas um corpo puro e amável, a meio caminho entre o mais alto e o mais baixo, sem entendimento racional, mas frutífero nos trabalhos, e o mais seleto e bonito de todas as outras coisas divinas.

Este trabalho de Deus é muito profundo para ser compreendido racionalmente. Por isso; é o último, maior, e mais alto segredo de Natureza. É o próprio Espírito de Deus que no princípio encheu a Terra e pairou acima das águas... Ele atinge os planetas, as nuvens, afugenta névoas, dá sua luz a todas as coisas, transformando tudo em Sol e Lua. Dá saúde e abundância, limpa o leproso, clareia os olhos, bane a tristeza, revela todos os tesouros escondidos, e, geralmente, cura todas as doenças.

Por este mesmo produto os filósofos inventaram as Sete Artes Liberais. Por Ele, Moisés elaborou os recipientes dourados da Arca e o Rei Salomão fez muitos trabalhos maravilhosos para a honra de Deus.

A apropriação de tal produto tem um preço muito elevado porque vale muito mais que ouro e prata. Afinal; é a coisa mais importante que existe, já que nada que o homem possa almejar neste mundo pode ser compara a isto. Conseqüentemente tal produto é chamado a Pedra Filosofal e Espírito de Verdade; em sua confecção não pode haver vaidade e nenhum elogio pode expressar sua grandeza. Eu não posso falar mais sobre suas virtudes, porque suas qualidades e poderes estão além do entendimento humano, incompreensível à linguagem racional. Nele são encontradas as propriedades de todas as coisas e toda a profundidade dos mistérios da Natureza.

Imploro a todos os cristãos, possuidores de tal conhecimento que não comuniquem o mesmo a ninguém exceto àqueles que provaram merecedores por suas virtudes. Assim; muitos o buscarão mas pouquíssimos encontrarão isto. Quem é impuro não conhecerá tal segredo. Dessa forma, a Arte será mostrada somente aos humildes e não poderá ser comprada por um determinado valor. Eu testemunho perante Deus em juramento que eu não minto, embora possa parecer impossível aos tolos que alguém possa explorar os segredos da natureza de forma tão profunda.

O Todo-poderoso seja elogiado para ter criado esta Arte e por revelar isto aos seres de boa vontade. Amém.


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